O governo chinês pediu aos cidadãos que estoquem suprimentos de necessidade diárias e pede que as autoridades tomem medidas para garantir o abastecimento de alimentos, o pedido ocorre a medida que o país adota protocolos cada vez mais rígidos para conter o novo surto de covid-19.
Foto: Xin Ji Ping. Foto:Reprodução/Xie Huanchi/XINHUA/AFP
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Um anúncio publicado no site do Ministério do Comércio na noite desta segunda-feira (1), indicou "as famílias a armazenarem uma certa quantidade de produtos de necessidade diária conforme necessário para atender a vida cotidiana e emergências". Apesar da declaração, o governo não explicou se as instruções foram dadas por causa de uma possível escassez de alimentos, ou se foram motivadas por temores de que as medidas para frear a pandemia da covid-19 possam interromper o abastecimento e levar cidadãos em lockdown enfrentarem falta de alimentos.
Além do novo surto de covid no país, o pedido do governo chinês também ocorre durante um aumento no preço dos vegetais causado por fortes chuvas no país. O pedido gerou temores nas redes sociais chinesas, onde algumas pessoas especularam de que as instruções poderiam ter sido desencadeadas pelo aumento das tensões com o Taiwan. Em postagens, usuários também relataram que, após as instruções, chineses correram para estocar arroz, óleo de cozinha e sal. "Assim que a notícia saiu, todos os idosos perto de mim enloqueceram comprando no supermercado." - escreveu um perfil na rede social chinesa, Weibo, Uma espécie de Twitter chinês.
Em resposta aos rumores, a imprensa estatal deu uma declaração pública para acalmar os ânimos e aliviar as tensões. O jornal Economic Daily, apoiado pelo partido Comunista Chinês, declarou aos leitores para evitarem ter "uma imaginação hiperativa" e destacou que o objetivo do governo era garantir que os cidadãos não sofressem surpresas se houvesse um lockdown em sua região.
A China registrou 92 novos casos de covid-19 nesta segunda-feira, a maior marca desde meados de setembro.
Foto Destaque: Hospital de campanha chinês. Reprodução/Reuters/Thomas Peter