Na última quarta (25), a Organização das Nações Unidas declarou que irá reunir um comitê para debater quais intervenções serão necessárias para eliminar os restos de foguetes e satélites que são despejados em nossa orbita, trazendo perigos para a expansão do turismo espacial.
Um dos interessados em desenvolver a viagem ao espaço para transformá-la em um passeio cultural, é o empreendedor Elon Musk, fundador da fabricante de foguetes SpaceX que elaborou a Starship, uma máquina capaz de coletar até 100 toneladas de resíduos por carga.
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Em entrevista à Times para o projeto “O Futuro da Exploração Espacial” (em tradução livre), a presidente e diretora de operações da SpaceX, Gwynne Shotwell, revelou que “É possível aproveitar a nave para ir até alguns desses corpos de foguetes mortos e coletar uma parte deste lixo que está no espaço sideral. Não será algo fácil de ser feito, mas o Starship oferece essa possibilidade.”
Foguete Starship da SpaceX. (Foto: Reprodução/SpaceX)
Na tentativa de desacelerar a produção ou reverter as 9 mil toneladas de lixo espacial que circula ao redor da nossa órbita, o Comitê para o Uso Pacífico do Espaço (COPUOS, na sigla em inglês) vem estudado tecnologias que poderão criar um sistema de anticolisão que opere de modo seguro, sem o risco de equipamentos reentrarem em nossa atmosfera e causarem acidentes na Terra.
Segunda a NASA, a carga com baterias usadas enviadas para o espaço pela Estação Espacial Internacional, em março deste ano, pesa aproximadamente 2,9 toneladas e se tornou a maior quantidade de lixo dispensado de uma só vez pelo laboratório orbital, colaborando para os obstáculos de entulhos nas futuras viagens.
Foto destaque: Conceito artístico do STS-43. Reprodução/Nasa.