Na última segunda (30), os Estados Unidos recolheram suas tropas do Afeganistão e decretaram o fim da guerra que começou há 20 anos atrás, se tornando “A guerra mais longa da história americana”, segundo o presidente Joe Biden.
Em um comunicado feito na terça (31), Biden afirmou que mais de 124 mil pessoas foram evacuadas do Afeganistão e agradeceu os militares e voluntários que se arriscaram para salvar a vida dos americanos que estavam submetidos as doutrinas do país: “O extraordinário sucesso desta missão foi devido à incrível habilidade, bravura e coragem altruísta dos militares dos Estados Unidos e de nossos diplomatas e profissionais de inteligência”.
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A decisão de encerrar a guerra estava tomada desde abril, porém o presidente esperava conseguir entrar em acordo com governo anterior do Afeganistão, liderado pelo ex-presidente Ashraf Ghani, em vez do grupo extremista Talibã, e confessou que “Na época, acreditamos que as forças afegãs teriam a capacidade de controlar o país, mas isso não se confirmou”. Biden contava com a colaboração do país para reestabelecer a paz e contou que “A decisão foi tomada com a premissa de que os mais de 300 mil soldados afegãos que nós treinamos e o governo resistiriam ao Talibã, mas nossa previsão foi errada. As forças afegãs se entregaram após 20 anos de lutas, o presidente fugiu e isso aumentou os riscos contra nossas tropas e pessoal civil.”
Joe Biden discursando na Casa Branca em 31 de agosto de 2021. (Foto: Reprodução/Carlos Barria/Reuters)
Embora tenha declarado que a operação foi bem sucedida por não ser “uma missão de guerra, mas uma missão de misericórdia”, Biden parece estar preparado para caso ocorra imprevistos futuramente e esclareceu que “Não acreditamos apenas nas palavras deles (Talibã), mas em suas ações. E temos influência para garantir que esses compromissos sejam cumpridos”.
Foto destaque: Joe Biden discursando na Casa Branca em 31 de agosto de 2021. Reprodução/Carlos Barria/Reuters.