Com uma sequência de alta no Brasil pela sexta semana seguida, o preço da gasolina dispara e se aproxima dos R$ 8,00 em algumas regiões brasileiras. É o caso da região Sudeste. A inflação influencia diretamente nos valores de seus derivados, como o gás de cozinha, por exemplo, que está atingindo a casa dos R$ 100,00. Isso corresponde a 10% do valor do salário mínimo do país, que paga atualmente R$ 1.100,00, dificultando o ainda mais o acesso dos cidadãos e cidadãs brasileiros mais pobres ao derivado do petrólio, que é essencial no ambiente doméstico para a cocção de alimentos. As cidades que registraram maior preço por litro do combustível nas bombas dos postos, foram Rio de Janeiro (RJ) e Rio Grande do Sul (RS), no sul do país.
Petrobrás. (Foto: Reprodução/ Agência Petrobrás/André Motta de Souza)
É importante ressaltar que, com o aumento de mais 50% da gasolina e 38% do diesel autorizados pela Petrobrás somente neste ano, o s preços exorbitantes do aditivo repassados pela estatal, afeta todo o ecossistema que dele depende. O efeito cascata acaba prejudicando tanto os mais pobres, como também a classe média brasileira, minando, dessa forma, o poder de compra de ambas. A título de exemplo, segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla), mais de 30 mil motoristas de Aplicativos devolveram os automóveis por aconta do desenfreamento da alta dos preços de combustível.
https://lorena.r7.com/post/Petrobras-anuncia-aumento-no-preco-da-gasolina-nas-refinarias
Em outubro, a Petrobrás emitiu um comunicado sobre preços a ascensção dos preços do gás e disse que os preços elevados: " refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de pretóleo, imapctados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial". Isto é, desde que a Política de Preços Internacionais (PPI) foi instaurada, em outubro de 2016, durante o governo temer (PMDB), a estatal tem atingido marcas históricas de lucros. Enquanto isso, segundo dados do relatório de pesquisa realizada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apontam que os brasileiros estão migrando cada vez mais para o uso de lenhas nas residências, uma opção ao gás que está carissímo, configurando a segunda fonte de energia usada nos lares espalhados pelo Brasil.
Ainda em outubro, o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) afirmou, em entrevista ao UOL, que não interferiria nos preços do combustível para frear o aumento. "A gente não vai interferir no preço de nada", disse ele na ocasião.
Foto Destaque: Preços de combustíveis. Reprodução/Cristina Boeckel/G1 Rio.