Saúde

Veja os sintomas de Alzheimer precoce que podem aparecer a partir dos 30 anos

Pessoas com demência precoce tendem a apresentar sintomas diferentes, como dificuldade de atenção, menor capacidade de imitar gestos das mãos e piora da consciência espacial.

14 Jul 2023 - 20h25 | Atualizado em 14 Jul 2023 - 20h25
Veja os sintomas de Alzheimer precoce que podem aparecer a partir dos 30 anos Lorena Bueri

A doença de Alzheimer é considerada de maneira frequente uma condição que atinge somente pessoas mais velhas. No entanto, cerca de 3,9 milhões de pessoas em todo o mundo entre 30 e 64 anos vivem com a doença de Alzheimer de início precoce, uma forma de demência cujos sintomas aparecem antes dos 65 anos.

A jornalista e radialista inglesa Fiona Phillips, 62, contou que foi diagnosticada com a doença recentemente. Durante a entrevista, Phillips compartilhou que os principais sintomas que ela sentia antes do diagnóstico eram confusão mental e ansiedade. Ela também destacou como os sintomas podem diferir entre a doença de Alzheimer precoce e tardia.


Os primeiros sintomas podem ser confundidos com outras condições (Foto: Reprodução/iStock)


Comumente, os sintomas se iniciam muito antes, em alguns casos raros próximo dos 30 anos, apesar da doença seja diagnosticada no geral entre 50 e 64 anos de idade. Algumas pessoas com doença de Alzheimer de início precoce também podem sentir ansiedade aumentada antes do diagnóstico. Isso pode ocorrer porque eles estão cientes das mudanças que estão ocorrendo sem uma razão clara para se sentirem diferentes. Eles podem pensar que essas mudanças comportamentais são temporárias e atrasam um exame médico. Os profissionais de saúde também podem interpretar erroneamente o aumento do nervosismo como um sintoma de outra condição médica.

Uma pesquisa salienta que as pessoas que possuem de Alzheimer de início precoce também possuem mais consciência das alterações na atividade cerebral. Isso pode acarretar em mudanças comportamentais, com o aparecimento de condições como a depressão nesse grupo. No próprio cérebro, o Alzheimer de início precoce leva a mudanças químicas parecidas com o Alzheimer de início tardio. 

No entanto, as áreas do cérebro afetadas por essas alterações químicas podem ser diferentes. A pesquisa concluiu que as áreas do cérebro envolvidas no processamento de informações sensoriais e motoras (chamadas de córtex parietal) mostram os maiores sinais de danos desde o início. Em comparação com a doença de Alzheimer de início tardio, também há menos danos ao hipocampo, uma área de massa cinzenta importante para o aprendizado e a memória.

Por que está acontecendo?

Os fatores de risco para a doença de Alzheimer de início precoce são semelhantes aos da doença de Alzheimer de início tardio. Por exemplo, baixos níveis de aptidão cardiovascular e habilidades cognitivas mais baixas no início da idade adulta foram associados a um risco oito vezes maior de desenvolver a doença de Alzheimer de início precoce. No entanto, ainda não compreendemos totalmente todos os fatores que afetam as chances de uma pessoa contrair a doença.

Uma coisa em que os especialistas concordam é que a genética desempenha um papel em cerca de um em cada dez casos de doença de Alzheimer de início precoce. Três genes (APP, PSEN1 e PSEN2) foram associados à doença até o momento. Todos esses genes estão associados a uma proteína tóxica que se pressupoe contribuir para a doença de Alzheimer (conhecida como beta-amilóide).

O que as pessoas podem fazer?

As pessoas que possuem Alzheimer de início precoce podem receber remédios prescritos para auxiliar no controle dos sintomas no Reino Unido. Duas terapias foram aprovadas nos Estados Unidos que podem retardar a progressão dos sintomas, mas eles só foram testados em pessoas com Alzheimer de início tardio, então ainda não está claro se eles terão efeito lá.

As pessoas que têm histórico familiar de demência ou estão preocupadas com o risco podem passar por testes genéticos por meio de uma empresa privada. Isso confirmará a presença de genes relacionados ao problema. Esses testes podem ser feitos em pessoas que já possuem sintomas ou em pessoas com histórico familiar que gostariam conhecer seu prognóstico futuro.

Embora não seja possível modificar sua genética se você estiver em maior risco, algumas pesquisas apoiam a ideia de que você pode fortalecer seu cérebro contra doenças adotando um estilo de vida mais saudável. Evidências crescentes sugerem que também pode haver uma ligação entre lesão cerebral traumática e doença de Alzheimer de início precoce. Além de serem mais ativas, as escolhas alimentares também podem reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer em uma idade jovem. Um estudo italiano revelou que as pessoas que consumiam grandes quantidades de vegetais, frutas secas e chocolate tinham um risco menor. 



Foto destaque: Os primeiros sintomas podem ser confundidos com outras condições. Reprodução/iStock/Getty Images

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