A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça-feira (30) que aguardará os documentos atualizados da Pfizer para concluir uma análise que visa ampliar o público-alvo da vacinação infantil contra a Covid-19. Com os novos pareceres, a vacina pode vir a ser aplicada em bebês a partir dos seis meses de idade.
Na semana passada, a Anvisa realizou uma reunião com especialistas externos e representantes da Pfizer para discutir dados de eficácia e segurança de uma versão da vacina, a Comirnaty, para ser utilizada em bebês. A vacina infantil é administrada em três doses, utilizando dosagens menores que a vacina para adultos, e foi aprovada em países como Estados Unidos e Canadá.
A Anvisa também informou em nota que um grupo externo de especialistas formado por representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) Infectologia, Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Infectologia Saúde (SBI) ) A Saúde Pública Brasil (Abrasco) encaminhou comentários sobre a autorização com base nas informações apresentadas na reunião.
Os requisitos técnicos para concluir o processo foram divulgados na semana passada, segundo a Agência. Hoje, no Brasil, as imunizações laboratoriais são autorizadas para todos os maiores de 5 anos, mas as crianças com mais de 3 anos já estão protegidas pelo CoronaVac, desenvolvido pela SinoVac em colaboração com o Instituto Butantan.
Em breve, bebês de 6 meses poderão ser imunizados contra a covid-19. (Foto: Reprodução/Freepik)
Vacina de mRNA Covid é segura durante a gravidez
Pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, mostraram que agentes imunizantes como Pfizer e Moderna não aumentam o risco de parto prematuro ou morte antes do nascimento.
O estudo é importante para reafirmar a segurança de uma vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19 em mulheres grávidas. Muitas gestantes têm medo de se vacinar, apesar dos estudos que mostram que a vacinação não interfere no processo gravídico e no desenvolvimento fetal.
A nova pesquisa afirma que a imunização não foi associada a maior risco de parto prematuro, pequena idade gestacional ao nascimento ou óbito pré-natal. O público participante do estudo foi vacinado principalmente com os imunizadores de RNA mensageiro da Pfizer e da Moderna.
Foto destaque: Vacina da Covid-19. Reprodução/Freepik.