Saúde

Sociedade Brasileira de Pediatria emite alerta sobre bebidas energéticas

O alerta reforça que, apesar da aparência inofensiva, as bebidas energéticas não são indicadas ao público infantil e adolescente. Paralelamente ao alerta, tramita na Câmara dos Deputados um projeto que pretende proibir sua venda e consumo

21 Mai 2022 - 10h00 | Atualizado em 21 Mai 2022 - 10h00
Sociedade Brasileira de Pediatria emite alerta sobre bebidas energéticas Lorena Bueri

A Sociedade Brasileira de Pediatria emitiu ontem (20), um alerta informando que bebidas energéticas não são indicadas ao público infantil e adolescente. No documento divulgado, reforça que a composição dessas bebidas possuem estimulantes como: creatina, taurina, carnitina, ginseng e glucpronolactona - inadequadas para o consumo de crianças e adolescentes. 

Informações do último levantamento divulgado pela ABIR ( Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas) evidencia o consumo de bebidas energéticas têm aumentado nos últimos anos. Dados referentes ao período de 2010 a 2020, mostram que a produção de energéticos aumentou e consequentemente o consumo também. A produção passou de 63 milhões de litros para 151 milhões e o consumo que era de 300ml/ano por habitante subiu para 700ml/ano no Brasil.

A Sociedade Brasileira de Pediatria traz também dados referentes aos adolescentes norte-americanos na faixa etária de 12 a 17 anos. 31% desse público consomem bebidas energéticas com cafeína. Outro comportamento do público jovem têm preocupado as autoridades médicas, o consumo de bebidas energéticas e alcoólicas simultaneamente. A mistura das bebidas tem como objetivo aumentar os efeitos do álcool. 


Consumo de energético. (Foto: Reprodução/ Jornal Correio)


Atualmente tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 455/15 - que visa proibir o comércio e consumo de bebidas energéticas para menores de idade.

Vale ressaltar que o consumo de energéticos impacta também os adultos. A busca por energia e mais disposição pode levar ao consumo elevado da bebida que pode ocasionar em dependência física, ansiedade, alteração de atenção e do humor, dor abdominal, aumento da diurese e da temperatura corporal, taquicardia e aumento da pressão arterial.

A bebida doce e colorida que conquistou espaço na rotina de muitas pessoas por trazer mais energia e disposição não deve ser considerada inofensiva por não conter teor alcoólico. A busca por uma qualidade de vida maior não pode estar condicionada apenas ao uso de uma bebida, o energético deve ser coadjuvante e não protagonista nesse percurso que pode levar a outros problemas.

 

Foto destaque: Energético. Reprodução/ Freepik

 

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