A esclerose múltipla é uma doença que atinge cerca de 40 mil pessoas no Brasil, esse número é relativamente baixo, tornando dessa doença um quadro raro. Alguns profissionais defendem a tese que ao observar algum paciente, é preciso enxergar todo o entorno do indivíduo e não apenas defini-lo através de sua condição. No caso da esclerose múltipla não é diferente.
Ela começa a se manifestar por meio de sintomas sorrateiros, como formigamento e fadiga, além da perda de força e visão duplicada ou borrada. Da quantidade de atingidos aqui no País, o tratamento precisa ser escolhido de forma individualizada, a depender do nível de atividade que os sintomas atuam na pessoa.
Recentemente foi negado, por meio da Conitec, a incorporação de terapias mais modernas ao tratamento do SUS, o que é uma decisão bastante triste, essa decisão deixa de lado por exemplo, uma medicação oral para um dos tipos mais graves da doença, chamado de Esclerose Múltipla Altamente Ativa.
Cérebro com esclerose múltipla (Foto: Reprodução/Pixabay)
Um dos casos impactantes, é de uma moradora de uma cidade próxima de Porto Alegre, ela trabalhava e fazia faculdade de ciências contábeis, após investigação, chegou-se ao diagnóstico de EM altamente ativa. A moça teve dois surtos em um curto período de tempo e já apresentava diversas lesões no cérebro. O anseio de continuar sua vida normalmente e ter a oportunidade de pensar nos planos futuros para sua vida pessoal tomava conta.
A viagem para a capital impediria sua rotina de trabalho, pois perderia diversos dias. Sendo assim, ela conseguiu acesso a uma medicação oral, cladribina. A partir disso, ela não precisou das viagens para Porto Alegre e conseguiu através de um tratamento eficaz manter sua rotina normal. Atualmente ela está formada, tendo concluído seus estudos e toca a vida normalmente, com a oportunidade de fazer seus próprios planos na palma de sua mão.
Foto Destaque: Raio-X de cérebro. Reprodução/Twitter