Saúde

Primeiro medicamento injetável contra o vírus causador da AIDS é aprovado pela Anvisa

Cabotegravir é um medicamento de forma injetável, que atua na prevenção anterior à exposição do HIV, vírus causador da AIDS. Pesquisas mostram maior eficácia que os remédios orais.

11 Jun 2023 - 20h00 | Atualizado em 11 Jun 2023 - 20h00
Primeiro medicamento injetável contra o vírus causador da AIDS é aprovado pela Anvisa Lorena Bueri

O cabotegravir, primeiro medicamento de forma injetável contra o HIV (vírus que provoca a AIDS), foi aprovado pela Anvisa, empresa nacional responsável pela vigilância sanitária. O remédio atua na função de prevenir o vírus. Ele é utilizado para o período anterior à exposição, ou seja, é uma PrEP (profilaxia pré-exposição).

A inserção do cabotegravir no Diário Oficial da União (DOU) aconteceu após a permissão feita pela GSP, farmacêutica britânica. O produto foi registrado no DOU no dia 5 de junho, mas, depois da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, não há uma data para a venda do produto no Brasil. 

O cabotegravir é visto como a invenção mais nova para prevenir o vírus causador da AIDS, considerando a não existência de uma vacina contra o HIV. A recém PrEP foi aprovada no ano retrasado pela Food and Drug Administration, com sede em Silver Spring, Maryland, nos Estados Unidos. O medicamento recebeu a recomendação no ano passado para a utilização do cabotegravir com a função de prevenir contra o vírus que provoca a AIDS, o HIV.

Em 2022, a Unitaid e a Fiocruz realizaram um estudo sobre a utilização do PrEP no Brasil para inserir o medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a prevenção é realizada pelo SUS, de forma gratuita, através da profilaxia pré-exposição via oral, com a combinação de dois medicamentos: tenofovir e emtricitabina.

 


Profilaxia pré-exposição via oral, com a combinação de dois medicamentos: tenofovir e emtricitabina. (Foto: Reprodução/Twitter)


 

Entre as diferenças do cabotegravir para os remédios utilizados atualmente estão: a forma de injetar e a sua forma de agir prolongada. Como pontos positivos, é útil apontar o efeito em prazos maiores (médio e longo período), além da maior facilidade de aceitação para o tratamento. 

O novo medicamento, após a realização de testes, demonstrou segurança e alta eficácia com o estudo realizado também no Brasil, em cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, com pessoas que realizam sexo com homens, incluindo mulheres cisgênero e trans, e homens que praticam sexo com outros homens.

Diante dos estudos, os cientistas captaram uma eficácia superior de 69% do cabotegravir, realizado de forma injetável, comparado aos medicamentos via oral.

Post destaque: cabotegravir, primeiro medicamento de forma injetável contra o HIV. (Foto: Divulgação.)

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