As indústrias farmacêuticas Pfizer e BioNTech - parceiras na prevenção contra o Covid-19 - adiaram por várias semanas a entrega das vacinas que combatem a variante Ômicron da Covid-19. Segundo o presidente-executivo da BionTech, Ugur Sahin, o motivo desta decisão foi em razão da demora de um processo de coleta de dados. Sahin também afirma que ao concluir a vacina, a empresa ainda irá avaliar se o medicamento é relevante para o momento.
"Se a onda terminar, isso não significa que não possa começar de novo", disse o presidente-executivo em entrevista ao jornal alemão Bild. Além do mais, Sahin afirma que, caso seja necessário, a BioNTech continuará na criação de novas vacinas para as possíveis variantes que possam surgir. Entretanto, ao ser interrogado sobre o futuro da pandemia, ele afirma: "Eu realmente não vejo mais a situação tão dramática".
Vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNtech. (Foto: Reprodução/Zoltán Bencse)
Anteriormente, a BioNTech/Pfizer estimava disponibilizar a vacina até o final de março, entretanto, as empresas declararam em janeiro que essa realização dependia de quanto os reguladores de dados clínicos - avaliação técnica - exigiriam. Ademais, a Pfizer e BioNTech iniciaram seus testes clínicos com o medicamento específico para ômicron com 1.420 voluntários em janeiro. O estudo irá analisar as pessoas que receberam uma a três ou, até mesmo, quem não recebeu nenhuma dose das vacinas.
“As vacinas continuam a oferecer forte proteção contra o estado grave causado pela variante ômicron. Os dados já indicam que a proteção induzida pela vacina contra infecções e doenças leves a moderadas diminui mais rapidamente do que foi observado com cepas anteriores”, afirma Sahin, em comunicado, ao abordar sobre a extrema importância da imunização contra a Covid-19 e sobre o que ela tem feito na saúde dos cidadãos. Além do mais, em dezembro de 2021, a Pfizer afirmou que as doses de reforço seriam necessárias após um ano da aplicação da terceira dose, para manter o organismo humano protegido contra o vírus.
Foto Destaque: Vacina Covid-19. Reprodução/Leonhard Foeger/O Globo