O risco para o desenvolvimento do Alzheimer aos 65 anos, para as mulheres é de 17,2%, entretanto, apenas 9,1% para os homens. Baseado nisso, uma equipe de pesquisa conseguiu identificar um traço genético que parece aumentar o risco do aparecimento da doença no sexo feminino.
O nome do gene é O6-Metilguanina-DNA-metiltransferase, em sua sigla, MGMT, e desempenha um papel importante em como o corpo repara os danos, tanto em homens quanto em mulheres, os pesquisadores, porém, não conseguiram identificar nenhuma relação deste gene com o surgimento de Alzheimer em homens.
Se tratando de uma descoberta voltada para o público feminino, é talvez, segundo os cientistas, o fator mais impactante da doença em mulheres. Nos Estados Unidos, como exemplo, cerca de dois terços das pessoas que convivem com o quadro de Alzheimer é mulher. Essa tendência se estende para o mundo inteiro.
Devido aos fatores genéticos, tanto do MGMT, quanto do já descoberto APOE ε4, as mulheres estão mais propensas a doença, ainda contam com as desregulações hormonais, como a queda repentina do estrogênio no período de menopausa. Os homens, porém, enfrentam uma propensão normal, como se estivessem apenas esperando o que pode efetivamente acontecer.
Idoso e jovem (Foto: Reprodução/Pixabay)
O APOE ε4 pode ser considerado também um grande fator de risco para o aparecimento de Alzheimer em pessoas idosas, aquelas com mais de 65 anos, se tornando verdadeiro pelo fato de afetar mais mulheres do que pessoas do sexo masculino. Muitas mulheres com esse gene, entretanto, não desenvolvem a doença, enquanto diversas outras que não possuem acabam desenvolvendo. Talvez a descoberta do MGMT seja a peça que faltava no quebra-cabeça para a compreensão desses fatores de risco.
Os especialistas aconselham, desse modo, que as mulheres trabalhem em conjunto com seus médicos para identificar em qual estágio elas podem estar da doença e se possuem riscos de desenvolver.
Foto Destaque: Simbolização do Alzheimer. Reprodução/Pixabay