No último domingo (24), o menor marca-passo do mundo foi implantado pela primeira vez, no Hospital do Coração do Brasil, localizado no Distrito Federal, esse tipo de procedimento é considerado por reduzir riscos de complicações cardíacas aos pacientes.
O dispositivo que mede cerca de 2 centímetros de comprimento, menor que o tamanho tradicional, não necessita de fios para seu funcionamento, ele é implantado no músculo cardíaco para corrigir erros de batimentos do coração. A operação foi coordenada pelo cardiologista Bruno Toscani.
Quem recebeu o dispositivo, foi um paciente idoso e que já havia passado por diversos eventos cardíacos, tendo sido internado, inclusive, em estado considerado de pré-morte.
O cirurgião-auxiliar, Márcio Neumann, relatou a importância da nova tecnologia para a manutenção da vida do paciente. “Ele corria elevado risco, caso fosse implantado um marca-passo tradicional, a família entendeu que essa era a melhor opção”, explica.
Segundo o médico, o homem tinha histórico de trombose nos braços e apresentava alto risco de infecção, devido às comorbidades que possui. Caso fosse submetido à técnica convencional, ele poderia desenvolver coágulos, que aumentariam o risco de um quadro de embolia pulmonar.
Para o cirurgião, o procedimento foi um sucesso. Após a implantação, o paciente foi acordado ainda na sala de cirurgia, que obteve uma recuperação muito satisfatória, e que em breve, pudesse receber alta do hospital.
(Foto Destaque: Reprodução/Márcio Neumaan)
Quais os riscos de infecções?
O marca-passo convencional pode desenvolver um quadro de infecções através dos cabos, pois como estão localizados bem próximo à pele, qualquer bactéria pode penetrar no local da incisão e se alojar no dispositivo, outro fator existente, é devido aos pacientes não terem veis em condições para receber o método mais aplicado, sendo assim, tendo que submeter o paciente com o peito aberto para inserir o aparelho diretamente no coração.
Conheça a nova tecnologia do mercado
O novo dispositivo, conhecido como “Micra”, possibilita maior segurança e menos riscos de complicações, já que é inserido por meio de cirurgia minimamente invasiva. O paciente recebe um pequeno furo na região da virilha, onde é inserido um cateter que se transporta dentro do vaso sanguíneo e conduz o aparelho até o coração do paciente. Logo, o cateter é removido formando uma cicatriz quase imperceptível.
No momento, o novo marca-passo só é utilizado em pacientes com alto risco de infecção ou com problemas nas veias, mas segundo o cardiologista, a tendência é de que ele comece a ser usado em casos normais. O aparelho dura cerca de 10 anos.
A nova tecnologia chegou ao Brasil no final de 2021, e foi desenvolvida pela empresa Medtronic.
(Foto Destaque: Luis Benedito | GrupoPhoto)