Um painel virtual que trata dos desdobramentos emocionais em decorrência da pandemia realizado pelo Projeto Longevidade - Universidade Stanford, reforçou a importância dos idosos como um ponto de apoio em meio as inúmeras sensações trazidas pela Covid-19.
Além de vitimar fatalmente milhões de pessoas pelo mundo, a pandemia mudou bruscamente a rotina de todos. Medidas de isolamento social foram tomadas a fim de desacelerar a disseminação do vírus e após um longo período, o mundo retorna aos poucos a rotina anterior a pandemia. Entretanto, as marcas do período vivido em decorrência da Covid-19 permanecem impactando diretamente e/ou indiretamente na vida de quem sobreviveu ao vírus em especial crianças e adolescentes.
Apoio (Reprodução/Superinteressante)
Os avós funcionaram durante a pandemia como ponto de apoio, diminuindo os impactos da Covid-19 na vida das crianças e adolescentes mais próximos, segundo a psicóloga Rajita Sinha, professora da faculdade de medicina de Yale e diretora do centro de estresse da universidade de Stanford.
A força do idoso está atribuída também ao ambiente familiar em que está inserido, pois se o mesmo permanece sozinho e isolado torna-se vulnerável.
Além dos dados a respeito do poder dos idosos no contexto familiar durante a pandemia, os pesquisadores da universidade também uniram esforços a fim de detalhar outras consequências da Covid-19.
Nos EUA foi observado uma alta no número de suicídios infantis. O isolamento social contribuiu significativamente para a maximização das emoções infantis, impossibilitando o contato com uma das redes mais importantes de apoio - a escola. A expectativa de vida dos norte-americanos é um dos principais escopos de trabalho dos pesquisadores envolvidos no estudo.
Paralelamente no Brasil, a expectativa de vida diminuiu em consequência da pandemia. A taxa que era de 76 caiu para 72,3.
A medida em que a vacinação contra a Covid-19 avançou pelo mundo, os casos graves foram desacelerando e as medidas de isolamento social puderam ser flexibilizadas. Dar suporte as crianças e adolescentes nesse processo de retomada da rotina é essencial.
Foto destaque: Avô e neto (Reprodução/ Veja São Paulo)