Cerca de 11,3% dos brasileiros alegaram ter recebido diagnóstico médico de depressão no último ano. A edição de 2021 da Pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde, traz dados significativos sobre a prevalência da doença.
Segundo o levantamento, as mulheres (14,7%) possuem mais diagnósticos de depressão do que os homens (7,3%). O estudo publicado na The Lancet, explica que a diferença entre os sexos se deu por conta das responsabilidades adicionais que surgiram devido ao Coronavírus. Atividades como cuidar da família e da casa recaíram ainda mais sobre as mulheres.
A porcentagem varia de acordo com cada capital. O maior resultado de homens com depressão foi observado em Porto Alegre (15,7%), Florianópolis (12,9%) e no Rio de Janeiro (11,7%). As menores, em Salvador (4,2%), Rio Branco (4,3%) e Palmas (4,4%). O percentual de mulheres com a doença foi alto em Belo Horizonte (23,0%), Campo Grande (21,3%) e Curitiba (20,9%), e baixo em Belém (8,0%), São Luís (9,6%) e Macapá (10,9%).
Percentual de mulheres diagnosticadas com depressão. (Foto: Ministério da Saúde/Pesquisa Vitigel 2021)
Percentual de homens diagnosticados com depressão. (Foto: Ministério da Saúde/Pesquisa Vitigel 2021)
A pesquisa expõe que os transtornos já eram um problema global na saúde mental, mas que foram intensificados devido à pandemia. A Covid-19 aumentou mais de 25% os casos de transtornos psicológicos. O número de casos de depressão e ansiedade antes do Coronavírus eram de 193 milhões e 298 milhões, respectivamente. Hoje, a estimativa é de 246 milhões e 374 milhões.
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