Após a pandemia, os brasileiros têm se queixado de uma queda da própria saúde, desse modo, alterando o índice da percepção negativa dessa visão. Uma pesquisa nunca feita antes, determinou os impactos negativos desse momento delicado que passamos em 2020, 2021 e 2022 com o COVID-19 na saúde da população do Brasil, e revelou que a percepção negativa da própria saúde aumentou 91,8%.
Entre as causas podemos citar a queda do consumo de alimentos saudáveis como leguminosas e verduras, dificuldade para a prática de exercícios físicos e o aumento da doença do século, a depressão.
O estudo foi feito pela Covitel e conseguiu mostrar como a pandemia trouxe consequências para além do vírus em si, além da economia e lotação da saúde pública, a pesquisa mostrou um problema que merece ênfase: O enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis, como problemas cardíacos, por exemplo. A inatividade física aliada a uma alimentação desregrada propicia esses índices.
Representação do uso de máscara (Foto: Reprodução/ Pixabay)
Os dados foram realmente esclarecedores mostrando que o consumo de vegetais diminuiu 12,5% e a proporção de pessoas que realizam atividades físicas caiu cerca de 21,4%. Além disso, a porcentagem de pessoas que se consideram fisicamente ativas caiu de 38,6% para 30,3%.
Como já era de se esperar, essas mudanças dos hábitos alimentares ficam mais acentuadas se tratando daqueles menos escolarizados, pretos e pardos e desempregados recentes. Mostrando que o problema além de ser uma pauta de saúde pública é uma questão também social, novamente os mais prejudicados são aqueles que ficam à margem da sociedade.
Norte e Nordeste foram as regiões mais afetadas também pelas consequências da COVID em detrimento de Sul e Sudeste. Portanto, fica claro que a pandemia trouxe sim empecilhos de saúde pública, econômicos e políticos, mas é preciso olhar também para as disparidades criadas por esse momento, o coronavírus deixou uma marca de amplitude para as desigualdades sociais.
Foto Destaque: Controle de batimentos. Reprodução/ Pixabay.