Com a Internet cada vez mais acessível, e os smartphones extremamente populares, é difícil encontrar alguém que não utilize aplicativos de mensagens instantâneas e o use redes sociais.
Os smartphones oferecem muitos estímulos e incentivo para diversas atividades diárias de comunicação e até mesmo de trabalho. Eles também permitem tempo e distância reduzidos para completar tarefas; isso promove maior flexibilidade e mobilidade, tornando o aparelho indispensável em muitas situações.
Esses atributos também possibilitam a comunicação em praticamente qualquer lugar – mesmo durante crises, como vimos com a pandemia de Covid-19 – tornando os smartphones o canal de comunicação mais essencial em quase todas as sociedades.
De acordo com uma pesquisa da Kantar, os brasileiros estão entre as pessoas que passam mais tempo em seus smartphones – cerca de 4,2 horas por dia.
Porém, esse acesso constante ao digital esconde um problema maior do que imaginamos. Eles podem causar danos significativos devido ao excesso de uso e alta exposição a estímulos.
Nomofobia: o vício em celular
Cada vez mais as pessoas estão apresentando transtornos devido ao uso intenso dos dispositivos digitais e a imersão em redes sociais. Quando as pessoas se afastam de seus telefones, o estresse e o mau-humor aumentam, indicando um processo de abstinência.
Além de alterar a produção dos hormônios como a dopamina e a serotonina, a luz da tela suprime a produção de melatonina, um importante hormônio que induz o sono, podendo causar insônia e cansaço crônico.
O uso excessivo de celular tem causado cada vez mais transtornos mentais. (Reprodução/Freepik)
As pessoas começaram a desenvolver medo de se afastarem de seus aparelhos digitais. O vício em estar conectado ao celular recebeu o nome de Nomofobia, que vem do inglês “no” + “mobile”.
Os especialistas consideram o medo de ficar sem celular e outros dispositivos tecnológicos uma discussão necessária. A pesquisa sobre este tema está em seu início, mas sem dúvida é importante devido aos possíveis danos causados pelo uso indevido de dispositivos.
Ao perder o acesso aos celulares ou redes sociais, as pessoas com nomofobia experimentam uma síndrome de abstinência, com sintomas de mal-estar e inquietude. Em alguns casos, o abuso de aparelhos e redes sociais podem causar danos reais à saúde mental, como:
- Ansiedade;
- Baixa autoestima;
- Impulsividade;
- TDAH;
- Transtornos de Humor;
- Conduta hostil;
- Distanciamento de amigos e familiares.
Setembro Amarelo
O Brasil promove durante este mês a campanha do Setembro Amarelo, que busca conscientizar sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. Em meio aos temas abordados, a nomofobia aparece com cada vez mais frequência.
Com os transtornos causados pelo uso abusivo do celular em evidência, os especialistas em saúde mental consideram que este é um mês crucial para promover na sociedade ações educativas sobre o uso adequado do telefone celular.
Foto Destaque: Nomofobia. Reprodução: Freepik.