Saúde

Ministério da Saúde busca eliminar Tuberculose e Aids no Brasil

O médico Draurio Barreira vai comandar o Departamento de Vigilância de IST/Aids e Hepatites Virais no governo Lula, mas diz que orçamento não é suficiente ainda.

01 Fev 2023 - 19h19 | Atualizado em 01 Fev 2023 - 19h19
Ministério da Saúde busca eliminar Tuberculose e Aids no Brasil Lorena Bueri

O novo diretor do Departamento de Vigilância de IST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o Doutor Draurio Barreira, diz que busca diminuir ou até mesmo eliminar doenças transmissíveis que ainda ameaçam a saúde pública, como a Tuberculose e Aids.

Segundo o médico, é necessário oferecer a população e ampliar o acesso a novas tecnologias para prevenção e diagnostico no Sistema Único de Saúde (SUS) e reabrir o dialogo com a sociedade sobre tais doenças. Barreira acredita na erradicação de doenças como sífilis congênita, tuberculose e Aids como problema de saúde pública.

“No caso da Aids, é um pouco mais complexo, e aí a gente não pode desprezar a participação da sociedade civil nessa resposta nacional, que não inclui só o Ministério da Saúde, mas também outros setores do governo federal, as secretarias estaduais, municipais e o sistema privado”, afirmou o médico em entrevista ao site g1.

O novo diretor da Saúde pretende ampliar o diagnóstico do HIV, com foco no autoteste e na descentralização do diagnóstico, feito apenas por médicos. Ele defende que o autoteste para HIV é mais acessível e universal, podendo haver diagnóstico pelas próprias pessoas ou por outros profissionais.


Autoteste para HIV e camisinha são distribuídos pelo SUS. (Foto:Reprodução/EPTV)


Os autotestes para HIV são vendidos em farmácias e no SUS e existem dois tipos, distribuídos para pares e parceiras sexuais de pessoas vivendo com a doença ou pessoas mais vulneráveis a infecções. O teste rápido não dá diagnóstico, o resultado positivo pode indicar que a pessoa esteja infectada pelo HIV, mas deve ir a uma consulta no médico e realizar mais exames para ter um resultado definitivo.

Outro objetivo de Draurio é reduzir os casos de tuberculose no Brasil. Em 2020, foi a doença mais infecciosa, ficando atrás da Covid-19. Mesmo sendo evitável e curável, a taxa de incidência foi de 32 casos por 100 mil habitantes e em 2021,  cerca de 4,5 mil mortes.

A intenção é reduzir para menos 10 casos por 100 mil habitantes e diminuir o número de mortes pela doença para menos de 230 ao ano, até 2035. “Não estamos longe. Se você olhar em determinados lugares, são 800 até ml casos por 10 mil habitantes”, citou.

“Se você não detectar todo mundo que tem e evitar a transmissão, você não acaba com essa doença. Eu pessoalmente acho que a gente consegue fazer isso no Brasil. Atacando a questão do desenvolvimento social e a inovação no diagnostico, na prevenção e no tratamento, eu realmente acredito”, disse o gerente da Tuberculose na Unitad, agência global ligada à OMS, em Genebra, na Suíça.


Campanha de combate à tuberculose com idosos em Manaus.(Foto:Reprodução/Prefeitura de Manaus)


No caso da tuberculose, o médico fala que é necessário ampliar o acesso a novos métodos preventivos e elaborar programas para as populações mais vulneráveis, pois assim, evita que as pessoas morram pela doença e que transmitam o vírus.

O Departamento de Vigilância de IST/Aids e Hepatites Virais foi alvo de cortes no orçamento no governo de Jair Bolsonaro (PL), por isso, um desafio para a gestão do médico é lidar com o aumento de ofertas das vacinas contra a tuberculose (BCG) e contra a hepatite B, ambas aplicadas nos primeiros meses de vida, e que desde o ano passado, estão com baixo estoque nos municípios.

O médico que trabalha com temas ligados ao HIV/Aids e tubérculos há pelo menos 30 anos, diz que o orçamento atual da Saúde não é o suficiente para concluir os planos de eliminação dessas e de outras doenças, mas que há promessas de recomposição de valores.

Vale lembrar que: Eliminar uma doença é quando a taxa de infecção chega a quase zero ou fica zerada. Ainda requer vigilância, mas não continua sendo um problema de saúde pública; já quando se fala que uma doença é erradicada, significa que não há possibilidade de transmissão, como é com a poliomielite no Brasil, freada por conta da vacinação.

Foto Destaque: Campanha contra a tuberculose em Ferraz de Vascocnelos, em São Paulo. Reprodução/Jonathan Andrade/Secom Ferraz

Lorena Bueri CEO, Lorena Bueri, madrinha perola negra lorena bueri, lorena power couple, lorena bueri paparazzi, Lorena R7, Lorena Bueri Revista Sexy, Lorena A Fazenda, Lorena afazenda, lorena bueri sensual, lorena gata do paulistão, lorena bueri gata do paulistão, lorena sexy, diego cristo, diego a fazenda, diego cristo afazendo