Especialistas apontam que a doença está ocorrendo de forma atípica, ou seja, não houve contaminação por ração. Explica-se que devido o animal já ter uma idade avançada, ocorre por mutação.
O animal já foi abatido e os restos incinerados, não apresenta risco ao rebanho e ao ser humano já que não houve transmissão natural. Porém, como medida de segurança e seguindo o protocolo sanitário oficial, a fazenda está isolada até que sejam concluídos os estudos, a fim de ter segurança de exportar o produto.
A China é a principal importadora da carne brasileira, em 2021 dois casos também atípicos da doença ocorreram no país, um, no Mato Grosso e um em Minas Gerais. Mesmo sem confirmação, na época a China suspendeu as importações por 100 dias, gerando um prejuízo de US$ 1 bilhão.
Doenças priônicas e sua transmissão através da cadeia alimentar. MBM: Ração contendo carnes e ossos, do inglês meat and bone meal. (Foto: Reprodução/ profissaobiotec.com.br)
O que é o “mal da vaca louca”?
Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, comumente conhecida como “doença da vaca louca”, é uma enfermidade degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos, como ela causa degeneração no cérebro o animal apresenta comportamento agressivo – onde surge o nome pela qual a doença é popularmente conhecida “mal da vaca louca”. É uma doença grave, não possui cura ou vacina e provoca morte dos bovinos.
Dentre os sintomas da doença são: comportamento agressivo, depressão, hipersensibilidade ao som e ao toque, tremores, postura anormal, falta de coordenação e dificuldade de levantar, perda de peso, queda na produção de leite.
Além de bois e vacas, a doença pode ser encontrada em búfalos, ovelhas e cabras.
Mas afinal, por que a preocupação? A doença pode atingir os seres humanos?
Nos seres humanos a doença é transmitida por meio do consumo de carne, leite e derivados. Para ocorrer essa transmissão em humanos, a origem desses alimentos precisam ter acontecido de animais contaminados pela forma clássica da enfermidade – contaminação por meio de ração infectada.
Já houve esse tipo de transmissão em humanos na Grã-Betanha em 1990, a partir daí foi suspenso o uso de rações para alimentar os animais.
Em seres humanos os sintomas são: demência e deterioração mental grave, movimentos musculares involuntários, falta de coordenação motora, problemas com raciocínio e memória, alterações comportamentais, alterações na visão, podendo levar à cegueira, perda da mobilidade e da fala e coma.
Foto destaque: Alimentação de animais bovinos
Reprodução/ Shutterstock/ olhar digital.