Saúde

Lixo hospitalar tem um grande aumento durante pandemia

Durante a pandemia, com os aumentos de internações e uso de materiais como vacinas e kits testagem, o Brasil teve um grande aumento de descarte do lixo hospitalar. Essa ação, casou um certo alarme para a OMS (Organização Mundial da Saúde).

11 Mar 2022 - 14h43 | Atualizado em 11 Mar 2022 - 14h43
Lixo hospitalar tem um grande aumento durante pandemia Lorena Bueri

Em meio ao cenário pandêmico, a produção de lixo hospitalar aumentou consideravelmente, em razão dos inúmeros materiais usados com os pacientes. Com isso, o descarte inadequado também tomou uma grande proporção, o causou certa preocupação para a OMS (Organização Mundial da Saúde), e consequentemente, incentivou diversos pesquisadores a criarem soluções que resolvessem o destino e o reaproveitamento correto para esses objetos de saúde descartados.  

De acordo com uma pesquisa feita pela Abrelpe (Associação Brasileiras de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), no ano de 2021, durante a pandemia da Covid-19, houve um aumento de 15% nos descartes de lixo hospitalar, com um total de 290 mil toneladas, comparado ao ano anterior - 2019. Segundo a associação, essa porcentagem, possivelmente, pode ser devido alguns hospitais não fazerem a separação do lixo comum. Ainda, é estimado que pelo menos 30% dos lixos hospitalares sejam descartados sem o tratamento prévio e específico para cada material.

Essas ações são totalmente contrárias às que são exigidas pelas normas sanitárias, além de trazer problemas de saúde para a saúde pública e ao meio ambiente. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são implantadas regras sobre tratamento e locais específicos para cada tipo de lixo. O lixo radioativo, por exemplo, não pode ser tratado como lixo comum, deve ser colocado em embalagens específicas e colocados em locais - institutos energéticos, por exemplo - revestidos de concreto.


Lixo hospitalar. (Foto: Reprodução/Polina Tankilevitch/Pexels)


Em entrevista para a Folha, Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe, afirma que esse aumento dos lixos foi inevitável, pois houve, ao mesmo tempo, um aumento nas internações e também um maior lixo gerado, principalmente, pelos kits de testagem e vacinas administradas contra o coronavírus. Ademais, Silva afirma que é difícil rastrear e saber de onde o lixo foi descartado. “A gente depende muito da consciência do próprio gerador de não fazer a coisa errada”, finaliza ele. Do mesmo modo, os catadores de lixo também afirmam terem um aumento nos lixos hospitalares durante a pandemia e que se tornou normal encontrar luvas, seringas e algodões com resíduos de sangue, por exemplo. 

Em contrapartida, existem várias iniciativas que visam solucionar esse problema. O Hospital Moinhos de Ventos, localizado no Rio Grande do Sul, afirmou à Folha UOL que eles, dentro do hospital, têm uma central de transformação de resíduos e que, além disso, implementaram um projeto de reciclagem para os objetivos cabíveis de reaproveitamento. Até o momento, o hospital envia, por dia, cerca de uma tonelada de materiais recicláveis com o objetivo de fazer reaproveitamento.  Ao que tudo indica, o projeto só precisa de parcerias e aprovações ambientais para evoluir e realizar mais propósitos que vão beneficiar o meio ambiente e a saúde de modo geral.

 

Foto Destaque: Lixo hospitalar. Reprodução/Gustavo Fring/Pexels

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