Na sexta-feira (27), o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou que vai instruir sua equipe para reclassificar a Covid-19, colocando-a na mesma categoria da gripe comum a partir de 8 de maio deste ano. Com isso, o país vai reduzir seus cuidados contra a Covid-19.
“Depois de uma reunião no Ministério da Saúde, vamos abaixar a classificação do coronavírus a partir de 8 de maio, já que precisamos de cerca de três meses para iniciar os procedimentos”, disse o ministro para a emissora pública japonesa NHK.
Atualmente, o coronavírus está classificado na segunda categoria mais alta das enfermidades japonesas, o que permite às autoridades tomar medidas rígidas e restrições de mobilidade para ajudar na diminuição dos casos. No “grupo 5” é onde a gripe sazonal pertence, uma categoria mais baixa.
As medidas para o coronavírus agora, determinam que todos os casos de Covid-19 devem ser relatados. Cerca de 5 mil instituições médicas em todo o país divulgam dados sobre a gripe uma vez por semana. Então, especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar-Social vão se reunir em fevereiro para debater sobre a implementação da mesma medida para a Covid, além de decidirem quais instituições irão relatar os casos.
Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão. (Foto:Reprodução/Wikimedia Commons)
Kishida também anunciou que revisaria o sistema atual da quarentena em casos positivos para a Covid-19, assim como para quem teve contato com pessoas infectadas. O uso de máscaras nos transportes públicos e os calendários de vacinação farão parte dessa reavaliação também.
Com essa mudança para o grupo 5, os gastos médicos e testes para detectar o vírus serão custeados pelo paciente, que anteriormente, eram bancados pelo dinheiro público. Além disso, a exigência de um certificado de vacinação para turistas que vão visitar o Japão, é uma medida que deve mudar.
O governo japonês aconselha a população continuar a usar máscara em locais fechados e espaços abertos em que não é possível manter uma distância segura de outras pessoas. Essas mudanças sanitárias, ocorrem devido a situação econômica que se encontra o país asiático, pois o governo procura se concentrar na recuperação da sua economia.
Autoridades sanitárias afirmam que os governos locais vão continuar em análises e pesquisas do genoma para monitorar o surgimento de novas variantes. Até porque, atualmente, os casos diários registrados no país estão entre 106 mil e 70 mil pessoas novas infeccionadas.
Foto Destaque: Pessoas usando máscara no Japão em local público. Reprodução/Kyodo