A psicóloga e autora Lauren Cook concedeu uma entrevista à CNN neste domingo (25), onde comparou a crise de ansiedade à sensação de afogamento. Em seu livro "Geração Ansiosa – Um guia para se manter ativo em um mundo instável", são relatados 12 casos da nova geração Y e Z, que apresentam níveis mais altos de propensão à ansiedade.
Um desses casos é o de um jovem mexicano chamado Luís, que aguardava pela sua vez em sua clínica em Pasadena, na Califórnia. A Dra. Cook o encontrou várias emoções, como nervosismo, vergonha e constrangimento. Seu paciente foi diagnosticado com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
A sensação de uma crise para os pacientes
Segundo a psicóloga, alguns de seus pacientes que sofrem de TOC relatam a sensação de um incêndio em seus cérebros, mas não há um extintor ou algo que possa acabar com as chamas. Um exemplo disso é uma das práticas que Luís tinha, que era lavar suas mãos várias vezes durante o dia, o que causava feridas.
Uma das manias de Luís era lavar tanto as suas mãos durante o dia a ponto de causar feridas (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Peter Dazeley)
Na entrevista, Cook explica o motivo de comparar o ataque de pânico ao afogamento, pois é algo muito assustador de se lidar, sendo uma sensação de morte para quem sofre dessas crises. Quando perguntada sobre as gerações Y e Z serem mais propensas à ansiedade, ela diz que as altas taxas nessas gerações são atribuídas a várias razões, que vão desde insegurança, dificuldades financeiras até isolamento e solidão.
Sem perspectivas de futuro
À CNN, Lauren diz que as duas gerações não têm perspectivas de futuro, e isso ocorre porque há bastante violência, guerras políticas e aquecimento global. Além disso, ela destaca que a tecnologia tem influência por fornecer muitas informações, o que causa preocupação nas pessoas, assim como as redes sociais, que passam uma visão de uma vida feliz.
Na visão da psicóloga, a ansiedade é uma mistura de fatores genéticos e ambientais. No entanto, ela destaca que um pode ser mais influente que o outro, o que leva à amígdala, responsável por processar nossas emoções, além de traumas ou eventos estressantes. Em outros casos, pode ser a criação das famílias, o modo como somos criados para encarar o futuro, a importância dos estudos ou uma preocupação excessiva.
Foto destaque: Geração Y e Z são mais propensas à ansiedade em comparação a outras gerações, diz psicologa (Reprodução/Getty Images Embed/Maria Korneeva)
