Foram detectados 25 casos da cepa recombinante XQ do COVID 19 no Rio Grande do Sul, a partir de métodos de vigilância genômica. Os casos estavem em queda entre os meses de março e maio deste ano. A variante é uma mistura das duas linhagens da Ômicron do coronavírus, BA1 e BA2.
A variante já havia sido detectada em casos isolados pelo Brasil, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, porém no Rio Grande do Sul, foi o estado que ficou consolidada a primeira transmissão aglomerada. Os casos foram registrados em diversos municípios, o que indica uma transmissão localizada.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Oswaldo Cruz, encontrados pelo laboratório da Fiocruz. Já foram informados para o Ministério da Saúde e a Secretária de Saúde do Rio Grande do Sul.
A combinação XQ do coronavírus já foi detectada pelo mundo. Principalmente no Reino Unido. Os dados da cepa foram registrados no banco de dados internacional Gisaid.
Por enquanto não há uma ligação entre a nova variante e a piora dos quadros clínicos na região. O estado apresenta boas taxas de vacinação e grande parte dos cidadãos já foram infectados anteriormente, porém os especialistas afirmam a importância de manter o monitoramento sobre a evolução viral.
Máscara de proteção (Foto: Reprodução/Pixabay)
Há indícios surpreendentes sobre a recombinação, isso pode acontecer quando uma pessoa é infectada por duas linhagens ao mesmo tempo. Sendo assim, ao se multiplicar, o vírus pode apresentar no seu código genético, genomas de ambas as variantes do COVID 19. Entretanto, isso pode ocasionar em uma cepa com maior disseminação, ou até mesmo menor, ou igual. É uma “roleta russa”.
Portanto, é importante manter a vigilância sobre o coronavírus e o controle sobre novas cepas, olhando os casos e notando o que se muda a partir dessas recombinações. Não há indícios se a XQ veio de outro país ou se formou localmente.
Foto Destaque: Cepa de COVID 19. Reprodução/Pixabay.
