Internações pelo vírus da Influenza e VSR (sincicial respiratório), aumentam semanalmente em todo Brasil, o alerta foi divulgado no InfoGripe, site da Fiocruz. As mortes pelo vírus da gripe estão próximas às mortes pelo vírus da Covid-19, no entanto, segue em análise laboratorial.
A Síndrome Respitória Aguda Grave (SRAG) aumentou 54,9% pelo vírus VSR no setor de internação, Influenza A, que é o vírus da gripe, teve um aumento de 20,8%; Influenza B (0,3%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (14,9%). Segundo epidemiologistas, a atualização foi baseada pelas informações divulgadas pela Vigilância Epidemiolófica da Gripe (Sivep-Gripe), nas últimas seis semanas (longo prazo) e três semanas (curto prazo), entre os dias 7 e 13 abril, até dia 15, Semana Epidemiológica (SE). No cenário nacional sobre Covid-19, entretanto, os resultados são de queda, com a exceção alguns estados em estabilidade baixa.
Os dados sobre o ano de 2024 mostram 33.998 casos de SRAG, dentre eles 15.098 (44,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 13.003 (38,2%) negativos, e 3.813 (11,2%) aguardando resultado laboratorial. Os dados de positividade sofrem alterações semanais para atualização devido à grande quantidade de novos casos e à inclusão dos resultados.
Sobre os casos positivos deste ano, tem a presença da influenza A (14,2%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (29,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (43,5%). Já sobre os casos de SRAG, e mesmo tendo os sintomas de febre ou não, foram registrados 2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e 78 (3,4%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos deste ano, a influenza A (12,3%), influenza B (0,1%), vírus sincicial respiratório (3,1%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (81,7%).
Porcentagem e prevenção
Os óbitos pelos vírus da influenza A (40,8%), influenza B (0%), vírus sincicial respiratório (10,7%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (47,3%). Os casos mais significativos são em idosos, principalmente por SRAG e com pretensão a Covid-19.
Nas crianças, os números demonstram que a faixa etária é de até dois anos de idade. A circulação do vírus sincicial respiratório e o rinovírus, tem crescido massivamente na taxa de mortalidade por SRAG, sendo maior que comparado a Covid-19 no mesmo período.
Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe e pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz, ressalta sobre a vacinação e as medidas preventivas, “Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, afirma.
O pesquisador destacou ainda, o uso de máscaras N95, KN95, PFF2 para pessoas que trabalham em unidades de saúde e para pessoas com sintomas de infecção respiratória.
Infográfico do site da Fiocruz (Foto: reprodução/Infogripe/Fiocruz)
Estados
Ainda sobre o levantamento de dados, 20 estados e o Distrito Federal, o aumento das internações pelo SRAG de longo prazo, não é apenas pela Influenza A e VSR, mas pela influenza B.
Entre os estados com aumento de internações de Síndrome Respiratória Aguda Grave, constam, o Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Sobre internações de SRAG por Covid-19, os resultados são de queda nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nas demais regiões, há estabilidade baixas nos resultados.
19 capitais demostram resultados de possível aumento nas internações, nas quais se incluem, Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP).
Foto destaque: vacinas da gripe (Reprodução/Roberto Dziura Jr/Governo do Paraná)