Uma nova pesquisa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA observou superficiais domésticos nas casas de dois indivíduos infectados com Monkeypox, a varíola dos macacos.
Usando um teste de PCR, a agência descobriu que mais de 70% das superfícies testadas estavam contaminadas com o vírus mesmo após 30 dias do primeiro sintoma. No entanto, nenhum dos vírus detectados pôde ser cultivado.
Em maio de 2022, o Departamento de Saúde do Condado de Salt Lake relatou dois casos confirmados de monkeypox. Testados por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real, o caso foi enviado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos de Utah (UDHHS). As duas pessoas com a doença (pacientes A e B) moram juntas sem outros habitantes na mesma residência. Além disso, elas estiveram em isolamento por 20 dias.
Para avaliar a presença e extensão da contaminação da superfície de utensílios domésticos tocados por pacientes com a varíola, UDHHS esfregou itens nas casas dos pacientes.
Das 30 amostras, 21 (70%) tiveram resultados positivos de PCR em tempo real, incluindo todos os três itens porosos (ou seja, móveis de pano e cobertores), 17 de 25 superfícies não porosas (como maçanetas e interruptores), e um dos dois tipos de superfícies híbridas (ou seja, cadeiras)
O DNA do vírus da varíola foi detectado em muitos dos objetos e superfícies amostrados, indicando algum nível de contaminação no ambiente doméstico. No entanto, os pesquisadores tentaram cultivar vírus vivo a partir de amostras positivas para PCR em laboratório, mas observaram que nenhuma das amostras produziu resultados positivos de cultura viral.
Micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas de monkeypox (azul) encontradas dentro de uma célula infectada (marrom), cultivadas em laboratório. (Foto: Reprodução/NIAID/Wikimedia)
O Brasil é o quarto país com maior número de casos de monkeypox, com 3.788 casos ativos e 4.175 em investigação. Em primeiro lugar segue os Estados Unidos, com 14.594 infectados confirmados.
O vírus da monkeypox é transmitido principalmente através do contato pessoal próximo (geralmente pele a pele) com a erupção cutânea, crostas, lesões, fluidos corporais ou secreções respiratórias de um paciente com a varíola. Como demonstra o estudo, a transmissão também é possível através de objetos ou superfícies contaminadas.
Por isso, os especialistas recomendam que aqueles que moram ou visitam a casa de alguém com varíola devem tomar as devidas precauções para evitar a exposição indireta. Isso inclui o uso de máscara apropriada, evitar o contato com superfícies potencialmente contaminadas, manter a higiene adequada das mãos e evitar compartilhar utensílios de alimentação, roupas, roupas de cama ou toalhas, além de seguir as recomendações de desinfecção doméstica.
Foto destaque: Lesões de monkeypox. Reprodução/Istock.