A ciência por trás do déjà-vu é estudada desde o início dos tempos na tentativa de desvendar os segredos por trás dela. A pouco tempo era um mistério o porquê do nosso cérebro reconhecer uma ação que está sendo efetivada no presente. Essa sensação é famosa, e já foi estudada por muitos pesquisadores. “Por que algumas cenas despertam pensamentos que parecem pertencer a sonhos de lembranças precoces e sombrias, como meu velho brâmane Moonshie teria atribuído a um estado de existência anterior? São as visões de nossos sonhos que flutuam confusamente em nossa memória e são evocados pela aparência de objetos reais que, em qualquer aspecto, correspondem aos fantasmas que eles apresentavam a nossa imaginação?”, essa é a forma com que o romancista escocês Walter Scott descreve o déjà-vu, e ela não está completamente errada.
O déjà-vu tem um fundo de verdade, pois a ação realizada no passado é concreta, porém o que estudiosos afirmam, segundo pesquisas, e que elas não ocorreram da exata forma que está acontecendo no presente. Elas são apenas semelhantes. O déjà-vu é resultado de uma comparação instantânea realizada pelo nosso cérebro para nos lembrar que já fizemos algo semelhante ao presente momento. O gatilho, em sua maioria, é a similaridade da disposição espacial de móveis, objetos e pessoas, está no layout os segredos do déjà-vu.
Então Scott estava certo quando disse que os objetos são peças para desencadear a sensação, mas, na verdade, sua distribuição no ambiente é decisiva para desencadear a sensação. “Ainda não sabemos tudo sobre o déjà-vu, mas a semelhança da distribuição espacial entre duas situações contribui para seu surgimento” explica Anne Cleary, da Universidade do Estado do Colorado, autora do trabalho mais recente sobre o assunto.
O que é déjà-vu (Reprodução: Amino Apps)
Um exemplo que pode ajudar a entender o efeito: uma pessoa vai a um saguão de um hotel em que ela nunca esteve, mas ela tem a sensação de déjà-vu imediato. Isso porque ela já esteve em algum outro hotel parecido, porta, recepção, ambiente, o que faz a pessoa ser induzida a pensar que ela já esteve ali. O estudo em cima dos segredos do déjà-vu é importante e no geral urgente para a ciência, pressionada a achar soluções para doenças em crescimento caracterizadas por danos à capacidade de guardar as lembranças, como o Alzheimer.
Foto destaque: Pesquisas apontam as causas do déjà-vu/Reprodução soCientífica