Estes 42 genes, anteriormente desconhecidos, direcionam para um avanço em possíveis tratamentos da doença. A coautora do estudo e diretora do Instituto de Pesquisa de Demência do Reino Unido na Universidade de Cardiff, Julie Williams, afirmou que este estudo é o resultado de 30 anos de trabalho.
“Este é um estudo de referência no campo da pesquisa de Alzheimer e é o culminar de 30 anos de trabalho [...] Fatores de estilo de vida, como tabagismo, exercícios e dieta, influenciam nosso desenvolvimento da doença de Alzheimer, e agir para lidar com isso agora é uma maneira positiva de reduzir o risco”, disse a coautora da pesquisa.
Ela continuou falando sobre a importância de desenvolver tratamentos para este mal.
“No entanto, 60-80% do risco de doença é baseado em nossa genética, portanto, devemos continuar a procurar as causas biológicas e desenvolver tratamentos muito necessários para milhões de pessoas afetadas em todo o mundo”, afirmou Julie Williams.
Mulher (Reprodução/iStock)
Susan Kohlaas, diretora de pesquisa na Alzheimer´s Research UK, apesar de não estar envolvida na pesquisa afirmou que apesar de existirem riscos, a descoberta aponta para grandes desenvolvimentos no futuro.
“Criar uma extensa lista de genes de risco para a doença de Alzheimer é como juntar as peças de um quebra-cabeça e, embora este trabalho não nos dê uma imagem completa, fornece uma estrutura valiosa para desenvolvimentos futuros”, afirmou a diretora.
Segundo o estudo, muitos dos genes descobertos produzem reações entre as proteínas do corpo, como inflamações e o sistema imunológico pode danificar as células cerebrais.
De acordo com o Dr. Richard Isaacson, diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer no Centro de Saúde do Cérebro da Faculdade de Medicina Schmidt da Florida Atlantic University afirmou que o estudo permitirá atacar a doença com mais precisão.
“O futuro da doença de Alzheimer é a medicina de precisão e prevenção [...] Este artigo nos dá muito mais ferramentas em nossa caixa de ferramentas para, eventualmente, atacar com mais precisão a doença de Alzheimer”, afirmou Isaacson.
Foto destaque: Pesquisa. Reprodução/iStock