Com o início de um novo ano, muitas pessoas se propõem a abandonar práticas prejudiciais para a saúde. Para os fumantes, este momento pode ser propício para uma reflexão sobre alternativas eficazes. Uma pesquisa levantada pela Universidade de Innsbruck, na Áustria, aponta o potencial de uma caminhada rápida de 10 minutos, seja em um ambiente interno ou externo, como um elemento fundamental na redução de sintomas de abstinência relacionados ao tabagismo.
Impactos e resultados do exercício
A pesquisa separou 16 fumantes em três grupos, submetendo-os a uma caminhada rápida de 10 minutos ao ar livre, uma intervenção semelhante em esteira e um grupo que permaneceu em repouso. O período de abstinência noturna foi imposto a todos os participantes, que detalharam seus desejos, sintomas de abstinência e estados de humor antes, durante e após as intervenções, assim como o momento em que retomaram o consumo do tabaco. Os resultados revelaram discrepâncias.
Enquanto as sessões de exercícios, tanto internas quanto externas, apresentaram uma significativa redução nos desejos e sintomas de abstinência. O grupo que se engajou na caminhada ao ar livre apresentou um período mais prolongado antes de retomar o consumo de tabaco em comparação aos parceiros que se exercitam em um ambiente controlado.
“Outra diferença – embora não significativa – entre as sessões de exercício fora ou dentro de algum lugar foi o tempo que passa antes do próximo cigarro”, disse Schöttl, visto que o grupo que fez a caminhada em ambiente interno levou 17 minutos para acender outro cigarro, enquanto o grupo ao ar livre levou 26 minutos.
Os especialistas ressaltam a necessidade de novas pesquisas sobre quais fatores atuam na diminuição dos sintomas de abstinência (Foto: reprodução/ Freepik)
Tabagismo no mundo
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que o tabagismo continua sendo uma ameaça à saúde social, tirando a vida de mais de 8 milhões de pessoas anualmente, enquanto 1,3 bilhão de fumantes enfrentam os riscos. Os números apresentados pela OMS apresentam ainda que, o tabagismo não apenas tira a vida de 7 milhões de fumantes diretos, mas também causa a morte de 1,3 milhão de fumantes passivos - indivíduos expostos rotineiramente à fumaça tóxica do cigarro.
Além disso, há destaque para os danos causados pelo tabagismo, relacionando-o a 20 tipos ou subtipos de câncer, além de ser um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares e respiratórias. A concentração de 80% dos fumantes em países de média e baixa renda.
Foto Destaque: pessoa realizando caminhada (Reprodução/Freepik)