Saúde

Estudo aponta que a desigualdade social está associada à mortalidade por diabetes no Brasil

O estudo da Universidade Estadual do Ceará revela uma associação entre a mortalidade causada pelo diabetes no Brasil e a desigualdade social analisando dados de 2010 a 2020.

13 Ago 2023 - 00h30 | Atualizado em 13 Ago 2023 - 00h30
Estudo aponta que a desigualdade social está associada à mortalidade por diabetes no Brasil Lorena Bueri

A pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e divulgada na última sexta-feira (11) na Revista Latino-Americana de Enfermagem revela, pela primeira vez, que a taxa de mortalidade causada pelo diabetes no Brasil está diretamente ligada à disparidade social. O estudo evidencia como fatores como desigualdade na distribuição de renda e níveis de educação limitados influenciam no número de óbitos relacionados a essa doença.

Diabetes e a pobreza

Os pesquisadores analisaram informações de 601 mil casos de óbitos associados ao diabetes mellitus, uma condição crônica que afeta o processamento do açúcar no sangue, durante o período de 2010 a 2020. Esses dados foram retirados dos registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).

Durante o período mencionado, foi constatado que a taxa de mortalidade por diabetes entre os brasileiros com até três anos de escolaridade foi duas vezes maior do que a taxa média de óbitos. A incidência foi de 59,53 mortes a cada 100 mil habitantes.


Aferimento de pressão (Foto: Reprodução/Uol)


Os resultados da pesquisa também demonstram que os indivíduos de etnia parda foram significativamente afetados, apresentando uma taxa de mortalidade de 36,16 a cada 100 mil habitantes. As regiões mais impactadas por essa mortalidade são o Nordeste (34,4/100.000 habitantes) e o Sul (31,4/100.000 habitantes), com ênfase nos estados da Paraíba e Pernambuco.

Os índices de mortalidade por diabetes vêm crescendo em todas as regiões, e foi identificada uma expressiva subnotificação estimada na região Norte (23/100.000 habitantes).

As regiões mais afetadas 

Thiago Santos Garces, autor da pesquisa, ressalta que apesar das melhorias na digitalização dos sistemas de saúde, persistem disparidades regionais no acesso a informações sobre saúde, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Além disso, o estudo observou que as mulheres são mais afetadas do que os homens, com uma proporção de 32 mortes por 100 mil habitantes, em comparação às 27 mortes por 100 mil habitantes no caso dos homens. Locais com a presença do programa Estratégia Saúde da Família (ESF) exibiram taxas de mortalidade mais elevadas.

As estatísticas revelam um conjunto de 6,7 milhões de óbitos decorrentes do diabetes ao longo do ano de 2021, resultando em uma média de um falecimento a cada cinco segundos, conforme dados fornecidos pela Federação Internacional de Diabetes. O Brasil lidera o ranking na América Latina em número de pessoas afetadas pela doença e ocupa o quinto lugar mundialmente.

 

Foto destaque: Aparelho de aferir glicemia. Reprodução/Unimed SJC/GloboEsporte

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