Nesta terça-feira (4), o Ministério da Saúde promoveu uma audiência pública a respeito do programa de vacinação para as crianças, no Brasil. Até a presente data, apenas crianças com 12 anos ou mais são vacinadas no país. Representantes da pasta e organizações ligadas ao assunto, discutiram a possibilidade de inclusão de menores de 12 anos no programa de imunização.
Ao redor do mundo, menores de 12 anos já estão sendo vacinados. (Foto: Reprodução/iStock)
Após a consulta pública, o governo federal informou que a maioria das pessoas se opôs ao item que exigia uma possível receita médica para que as crianças de 5 a 11 anos pudessem receber o imunizante.
A audiência foi presidida pela Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, Rosana Leite. "Este é um momento importante e oportuno para o país uma vez que reunimos especialistas, representantes de sociedades científicas e das mais diversas entidades públicas para discutir um tema tão importante: a vacinação contra a Covid-19 de nossas crianças, que são o futuro do Brasil. A consulta pública mostra o compromisso do Governo Federal com o amplo debate entre o poder público e a sociedade para a implementação de políticas públicas, especialmente em relação a esta agenda”, disse Rosana Leite.
Segundo Rosana Leite de Melo Melo, 99.309 pessoas responderam à consulta no site do ministério. Na véspera, entretanto, o próprio Ministério da Saúde havia informado que recebeu cerca de 24 mil respostas à consulta pública.
A médica infectologista Rosana Richtmann, representante da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) saiu em defesa da imunização.
"Tenho experiência com atividade social, com a população ribeirinha na Amazônia. Como é que você vai vacinar as crianças da Amazônia precisando de prescrição médica? Isso, na minha opinião, vendo o país como um todo, é uma barreira muito grande para a implantação desta vacinação", disse a médica.
O evento contou com a participação de representantes da sociedade civil, assim como os representantes dos laboratórios Pfizer, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre outros especialistas. Entretanto, a pesquisa sofreu duras críticas pelo simples fato de questionar ações que já estão sendo aplicadas em outros países.
Foto Destaque: Preparação de uma dose da vacina da Pfizer. Reprodução/Pedro Nunes/Reuters.