Em uma semana, os casos da variante ômicron quadruplicaram no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 70.765 novos casos de Covid-19, contra 18.759 novos registros na semana passada; é o que indicam os dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Atualmente, o país tem 620.281 óbitos e 22.630.142 casos registrados do coronavírus, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa.
A média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 44.016 - a maior registrada desde 29 de julho do ano passado. Em comparação à média de 14 dias atrás, houve uma variação de 631%, o que indica uma tendência de aumento nos casos da doença.
De acordo com o G1, os dados sobre a nova manifestação da covid-19 ainda não refletem completamente a situação do país, e os especialistas reforçam a importância da testagem e justificam que a gravidade do problema ainda não tem proporções exatas devido ao apagão de dados e a instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde.
O aumento no número de casos pode ser atribuído ao relaxamento no cumprimento das regras de proteção à Covid-19 neste fim de ano. Embora a máscara ainda esteja sendo utilizada em lugares públicos, muitos a abandonam em reuniões familiares, como natal e ano novo. Em contato próximo com pessoas infectadas, a variante, que é mais contagiosa, se espalha facilmente.
Em dezembro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ignorou a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que a vacinação completa de viajantes fosse exigida no Brasil. Queiroga alegou que o passaporte de vacinação gera “mais discórdia do que consenso” e a única medida adotada foi a exigência de uma quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados.
Marcelo Queiroga sobre a exigência do passaporte vacinal para viajantes: "melhor perder a vida do que a liberdade". (Foto: Reprodução/Instagram).
Na ocasião, a infectologista Luana Araújo contou ao G1 que controlar a pandemia promoveria mais estabilidade social e econômica, embora as medidas causassem desagrado a uma parcela da população:
"É uma medida que tem arcabouço científico e também ajuda socioeconomicamente esses países, uma vez que cria uma atmosfera de maior segurança para essas populações e ao mesmo tempo em que promover uma maior tranquilidade para o sistema público de saúde, evitando casos graves e evitando sobrecarga do sistema", explica.
Foto Destaque: Teste para a Covid-19. Foto: Reprodução/SESI Ceará.