Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), após três meses apresentando aumentos semanais, os casos de infecção pela COVID-19 apresentaram um leve recuo na última semana. De acordo com a associação, de 33% dos testes de COVID-19 registrarem resultado positivo nas primeiras duas semanas de outubro, o número teve um recuo para 32% na última semana.
Alta nos casos e subnotificação de dados
Os registros mostram que os novos casos da doença começaram subir no final de julho, quando os casos positivos representavam quase 10% dos testes para COVID. Em agosto, esse número dobrou para 20%. No mês de setembro chegou a 29%.
Porém, o número de casos é subnotificado, uma vez que a população não está sendo testada. “Hoje, quem tem sintoma de Covid ou não faz teste nenhum, ou faz o teste em casa. Só que esses dados não entram nas estatísticas oficiais, então ficamos com uma espécie de ‘apagão’ no número de casos. Então essa taxa de positividade, ainda que não seja perfeita, serve como um excelente preditor dos casos e de uma onda. Quando ela aumenta, sabemos que tem uma nova onda vindo, diz José Eduardo Levi, virologista da rede de saúde integrada Dasa, doutor em Microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Vacina continua sendo a melhor maneira de se prevenir contra a COVID-19
Segundo o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, o aumento de pessoas infectadas pela doença pode estar relacionado à queda na vacinação contra a COVID-19. Segundo Preto, as pessoas que não completaram o esquema vacinal apresentam uma falsa sensação de proteção, além da falta de cuidados quando há sintomas, abrindo brecha para infecção do vírus.
Vacina sendo aplicada no braço de uma pessoa (Foto: reprodução/Myke Sena/Ministério da Saúde)
“Precisamos deixar a vacinação em dia e continuar tomando os cuidados necessários para evitar que a situação epidemiológica se torne um cenário novamente negativo”, afirma o secretário.
Segundo o Ministério da Saúde, as estatísticas globais de saúde pública apontam que quanto maior o índice de imunização de um país, menor sua taxa de mortalidade pela doença.
Foto Destaque: coronavírus causador da doença COVID-19 (Reprodução/OPAS)