O Brasil registrou a 8ª morte pela varíola dos macacos no município de Divinópolis, Minas Gerais. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o país com o maior número de vidas ceifadas pela doença no mundo.
A Secretaria de Saúde de Minas mostrou que a vítima mais recente é alguém de 33 anos e que já tinha comorbidades. A pessoa estava internada na capital e, no último sábado (22), faleceu.
Conforme o “G1”, foram registrados até o momento três mortes em Minas Gerais, duas em São Paulo e três no Rio de Janeiro.
O veículo de comunicação mostrou que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o propósito de combater tal doença, está desenvolvendo um imunizante contra a varíola dos macacos. A Agência de Pesquisa Médica dos Estados Unidos doou o material, por meio de acordo de transferência de material clínico.
Segundo Ministério da Saúde, até o momento, foram registradas três mortes em Minas, duas em SP e três no Rio. A vítima mais recente é uma pessoa de 33 anos, que já tinha comorbidade. Ela estava internada na capital e morreu no último sábado (22): https://t.co/U7XnZ01vui #JG
— Jornal da Globo (@JornalDaGlobo) October 26, 2022
Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @JornalDaGlobo)
Além disso, o centro de pesquisas em biotecnologia da UFMG é uma referência quanto ao desenvolvimento de testes de diagnóstico e de vacinas. O coordenador do centro de vacinas da UFMG, Flávio Guimarães, afirma que o país precisa tornar-se autossuficiente na produção de vacinas. “A gente aprendeu que o Brasil precisa ter autonomia para produzir os seus insumos”, disse o coordenador.
Até que a vacina esteja pronta, vale ficar atento a cuidados com relação à varíola dos macacos (que são similares aos contra a Covid-19) tais como a higienização das mãos, distanciamento social e também o uso de máscaras. Se for confirmada, o necessário é ficar em isolamento.
Segundo o site do Ministério da saúde, a transmissão da doença, apesar de levar o nome de “varíola dos macacos “, não tem relação com os macacos. Tal nome vem da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês no ano de 1958. O mesmo site aponta que as transmissões do atual surto da enfermidade foram atribuídos à transmissão de indivíduo para indivíduo, com contato próximo.
Mesmo que seja desconhecido o animal considerado reservatório do vírus, pequenos roedores das florestas tropicais da África, especialmente na África Central e Ocidental (como esquilos), são os principais candidatos. Quanto ao primeiro caso humano, foi no ano de 1970 quando foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo. A Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, também aponta os roedores, como os ratos, como animais que são suscetíveis a este tipo de varíola.
A transmissão da doença ocorre por contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e também por meio da exposição próxima e prolongada com secreções respiratórias como gotículas. Podem ser infectantes também úlceras, lesões ou feridas na boca, o que significa que o vírus pode ser passado para outros através da saliva. Também pode ocorrer a infecção no contato com objetos que foram recentemente contaminados (como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos.
Os sintomas e sinais incluem: erupções cutâneas ou lesões de pele, adenomegalia (linfonodos inchados), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
Conforme o site do Ministério da Saúde, todas as pessoas com sintomas compatíveis de varíola dos macacos devem ir atrás de uma Unidade Básica de Saúde se imediato e ficar em isolamento. O diagnóstico é realizado de forma laboratorial, através de teste molecular.
Foto Destaque: Brasil registra 8ª morte por varíola dos macacos. Reprodução/Dado Ruvic/Reuters.
