Com a chegada da terceira idade o corpo humano inicia um processo de perda muscular natural e uma das suas consequências principais é o prolapso genital, mais reconhecido e nomeado como bexiga caída. Isso ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos pélvicos e a perda da capacidade de sustentar os órgãos da região.
O problema, está, em sua maioria, concentrado em mulheres. Nos casos mais avançados a condição atingem órgãos como útero, bexiga e reto, que acabam se descolando do corpo e podendo sair pela vagina ou ânus.
Quando o tratamento adequado não é realizado, ou ainda quando não são diagnosticados, o individuo tem dificuldade de sentar durante as relações sexuais e acaba tendo mais infecções urinarias do que é considerado saudável e normal.
“O problema é sério e pode levar os órgãos internos a saírem pelo canal vaginal. As pacientes devem cuidar aos primeiros sinais para que o quadro não evolua tanto”, explica a fisioterapeuta Priscila Pschiski, proprietária da Clínica Pélvica Funcional.
Por questões biológicas, devido à condição do parto, as mulheres têm o assoalho pélvico mais flexível que os homens. Essa condição pode acontecer após a ocorrência de várias gestações ou de um parto normal. Outras ações que podem gerar a bexiga caída são: alterações hormonais, obesidade, levantar pesos excessivos, tosse crônica e até mesmo fazer força para evacuar. Isso acontece devido ao aumento da pressão interna no abdômen, forçando os ligamentos e o assoalho pélvico.
Diferenças causadas pela bexiga baixa (Foto: Reprodução: Facebook)
O prolapso genital é dividido por graus e apresentam os seguintes sintomas:
Grau 1: as pacientes percebem o aumento do corrimento vaginal e interrupção do xixi;
Grau 2: elas sofrem de incontinência urinária e sentem dor para urinar, por causa da bexiga ou útero, que começa a comprimir o assoalho pélvico;
Grau 3: elas têm a sensação de peso na vagina. A partir desta fase é possível visualizar os órgãos pelo canal vaginal. No último e mais avançado grau os órgãos “escorrem” pela vagina ou ânus.
O tratamento mais indicado nos casos dos estágios iniciais é a fisioterapia pélvica para a restauração do local afetado, as pacientes devem aprender a usar a força do abdômen para evitar a pressão interna. Nos casos mais sérios, pode ser recomendado que a paciente passe por uma cirurgia para recolocar os órgãos no lugar.
A melhor forma de prevenir é fortalecer a região para prevenir o prolapso genital. Também é recomendado evitar a pressão interna dos órgãos provocada pelo ganho brusco de peso excessivo. Uma estratégia recomendada por especialistas e entendedores do assunto é aprender técnicas de respiração e usar a musculatura do abdômen de forma saudável.
Foto destaque: O que causa a bexiga baixa?/Reprodução médicourologistasp