Saúde

Aumento da depressão e ansiedade no Brasil alerta gestores

O Brasil é um dos países com maior número de casos de transtornos mentais. Depressão e ansiedade se destacam como principais problemas entre os trabalhadores. A situação acende um alerta para a importância da saúde mental

30 Ago 2022 - 17h00 | Atualizado em 30 Ago 2022 - 17h00
Aumento da depressão e ansiedade no Brasil alerta gestores Lorena Bueri

De acordo com a última pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), concluída em junho deste ano, quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofreram de transtornos mentais em 2019. Mas com a pandemia de Covid-19, condições como depressão e ansiedade aumentaram mais de 25%.

A mesma pesquisa mostrou que pessoas com sérios problemas de saúde mental morrem, em média, 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral. Além disso, a desigualdade socioeconômica é um fator de risco maior, pois as pessoas mais pobres e desfavorecidas, além de mais vulneráveis, recebem menos tratamento.


homem fazendo terapia para saúde mental

A falta de acesso ao tratamento agrava ainda mais a questão da saúde mental. (Foto: Reprodução/Alex Green/Pexels)


O Brasil lidera a lista dos 11 países com mais casos de depressão (63%) e transtornos de ansiedade (59%), segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP). 

Outro estudo, desenvolvido em conjunto pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fez a mesma observação. 

Segundo os pesquisadores, 40,4% dos brasileiros que participaram do estudo se sentiam tristes ou deprimidos com frequência e 50,6% relataram sentir-se ansiosos ou nervosos com frequência durante a pandemia.

Saúde mental no trabalho

A Organização Mundial da Saúde define saúde mental no trabalho como "um estado de bem-estar em que o indivíduo está ciente de suas próprias habilidades, pode enfrentar as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de contribuir com a sua comunidade".

O trabalho pode estar intimamente relacionado ao surgimento de transtornos mentais, a começar pela síndrome de burnout. No início deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou oficialmente a síndrome à sua lista de doenças relacionadas ao trabalho.

Cada vez mais empresas dizem que se preocupam com o bem-estar de seus funcionários, mas ainda faltam muitas mudanças a serem realizadas nos ambientes de trabalho e no clima organizacional da maioria das empresas.

Campanhas como Setembro Amarelo, para prevenção do suicídio, e Janeiro Branco, para conscientização sobre saúde emocional, ganharam relevância nas redes sociais nos últimos anos. Elas são apenas parte de um processo cada vez maior de evidência da importância de abordar a saúde mental no trabalho.

A saúde mental não pode ser lembrada somente nas datas comemorativas. As empresas devem realizar um trabalho de conscientização e apoio ao longo de todo o ano. 

Além disso, os gestores devem se preocupar em criar estratégias que valorizem o funcionário, fazendo que os colaboradores vejam sentido no seu trabalho. E ainda, todos colaborem para um clima organizacional mais inspirador, acolhedor e harmônico.

Uma das orientações para as empresas é criar espaços para falar sobre saúde mental. Realizar workshops, promover conversas com psicólogos, elaborar situações dinâmicas que permitam os colaboradores relatarem seus problemas, são exemplos de atitudes positivas para a saúde mental no trabalho.

 

Foto destaque: Depressão no trabalho. Reprodução/Drazen Zigic/Freepik.

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