Trump expressa frustração com Putin e avalia novas sanções contra a Rússia
Presidente dos EUA se mostra insatisfeito com Putin, considerando ampliar as sanções e aumenar o envio de armas à Ucrânia devido ao conflito persistente

Donald Trump, expressou nesta terça-feira (8), sua profunda insatisfação com o presidente russo, Vladimir Putin, e confirmou que está avaliando a imposição de mais sanções contra a Rússia. Essa declaração reflete a crescente frustração de Washington com o prolongado conflito na Ucrânia. Trump marca um momento significativo, dado seu histórico de buscar uma relação mais próxima com o líder russo, e agora indica uma postura mais firme diante da persistência da guerra.
Trump insatisfeito com Putin
Em um pronunciamento feito na Casa Branca durante uma reunião com autoridades do gabinete, Donald Trump não poupou críticas a Vladimir Putin, uma clara mudança em seu tom anterior. “Não estamos felizes com isso. Não estou feliz com Putin. Posso dizer isso agora, porque ele está matando muita gente, e muitas delas são seus soldados, principalmente os soldados dele e os soldados deles”, afirmou Trump.
O presidente americano foi além, descrevendo as interações com Putin como “muita besteira, se você quer saber a verdade”. Ele acrescentou que, apesar de Putin ser “muito legal o tempo todo”, no final das contas, isso “não tem importância” diante da realidade do conflito.
Trump vinha expressando otimismo sobre sua capacidade de mediar um fim rápido para a guerra. A frustração é palpável, especialmente após uma recente conversa telefônica com Putin ter sido descrita por Trump como “muito decepcionante”, levantando dúvidas sobre o real interesse de Putin em encerrar as hostilidades.
Presidente americano Donald Trump discursa sobre decisões recentes da Suprema Corte na Casa Branca (Foto/reprodução: Joe Raedle/Getty Images Embed)
Novas imposições dos EUA
Atualmente, diante da estagnação nas negociações de paz na Ucrânia e do aumento das baixas, Trump indicou que está analisando o “Sanctioning Russia Act de 2025”, um projeto de lei bipartidário do Senado que imporia uma tarifa de 500% sobre bens importados de países que compram petróleo, gás, urânio e outros produtos russos.
Além disso, confirmou o envio de mais armas defensivas à Ucrânia, após uma pausa, cedendo à pressão de legisladores para reforçar o apoio militar a Kiev, enquanto intensifica esforços por um cessar-fogo, especialmente após reuniões entre Rússia e Ucrânia limitarem-se à troca de prisioneiros sem avanços nas propostas de paz.
Donald Trump tem demonstrado um interesse explícito em ser reconhecido como “o que acabou com as guerras”, uma ambição que reflete sua retórica de campanha e abordagem de política externa, marcada por gestos ousados e narrativas de impacto. Desde seu primeiro mandato (2017-2021), Trump expressou o desejo de receber o Prêmio Nobel da Paz, lamentando não ter sido agraciado como Barack Obama em 2009, e destacando esforços como os Acordos de Abraão, a mediação entre Índia e Paquistão em 2025, e o cessar-fogo entre Israel e Irã como evidências de sua capacidade de pacificador.
Contudo, a busca pelo Nobel é vista por analistas como uma mistura de vaidade e estratégia política, com críticos apontando que ações como bombardeios no Irã ou a proposta de deslocar palestinos de Gaza contradizem os ideais de paz duradoura exigidos pelo Comitê do Nobel. Apesar de indicações formais, como as de Benjamin Netanyahu e do governo paquistanês, a hipótese de Trump ganhar o prêmio é improvável, dado seu perfil polêmico e decisões que intensificaram tensões. Ainda assim, se conseguisse uma paz duradoura em conflitos como Ucrânia ou oriente médio, sua candidatura poderia ganhar força, embora altamente controversa.