Diogo Jota dirigia o Lamborghini no momento do acidente, diz perícia

Perícia afirma que futebolista estava ao volante e provavelmente acima da velocidade permitida quando veículo colidiu e pegou fogo

08 jul, 2025
Imagem do local do acidente | Reprodução/Octavio Passos/Getty Images Embed
Imagem do local do acidente | Reprodução/Octavio Passos/Getty Images Embed

O inquérito preliminar da Guarda Civil aponta que o jogador Diogo Jota, do Liverpool, estava dirigindo o Lamborghini Huracán no momento em que o veículo saiu da pista na A‑52, na região de Zamora, noroeste da Espanha. Segundo o relatório pericial divulgado nesta terça-feira (8), vestígios de frenagem, marcas de pneus e indicações de rompimento em uma das rodas confirmam que o excesso de velocidade, acima dos 120 km/h durante uma ultrapassagem, foram fatores críticos no acidente.

O carro colidiu violentamente contra o parapeito central e, em seguida, se incendiou, resultando na morte imediata de Jota, de 28 anos, e seu irmão André Silva, de 25. Ambos viajavam rumo a Santander para embarcar em uma balsa com destino à Inglaterra. O relatório preliminar agora será enviado ao tribunal de Puebla de Sanabria para avaliação judicial.


Funeral de Diogo Jota e André Silva (Foto: reprodução/Octavio Passos/Getty Images Embed)

Marcas de pneus e evidências de alta velocidade

A análise técnica indicou que o Lamborghini trafegava em “excesso elevado” de velocidade, acima do limite de 120 km/h permitido no trecho e apresentava marcas no asfalto compatíveis com rastros de derrapagem pouco antes de sair da pista. Além disso, o estudo aponta que o incidente ocorreu durante uma manobra de ultrapassagem, quando houve o rompimento do pneu traseiro, o que teria desencadeado a perda de controle do veículo, a saída da pista e o incêndio posterior.

Sequência dos fatos

As conclusões da Guarda Civil também afirmam que Diogo Jota estava dirigindo, algo não confirmado nos primeiros momentos da investigação. O acidente ocorreu por volta de meia‑noite do dia 3 de julho, e a intensidade das chamas dificultou a identificação imediata das vítimas. No entanto, detalhes como acessórios pessoais ajudaram os peritos a confirmar suas identidades.

Testemunhas afirmam que, após o incidente, o veículo incendiado acabou ficando preso entre dois parapeitos centrais, e a explosão foi consequência do rompimento do tanque de combustível. Segundo a perícia, o impacto foi fatal e impediu qualquer chance de sobrevivência. As investigações agora estão focadas em descobrir o motivo do rompimento do pneu, avaliando se ocorreu por falha mecânica, desgaste ou qualidade inferior das rodas.

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