Irregularidades levam à proibição dos azeites Vale dos Vinhedos no Brasil
Vale dos Vinhedos entra na lista de marcas de azeite proibidas no Brasil em 2024/2025 por fraudes como adulteração e origem desconhecida

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou no Diário Oficial da União que proibiu a venda de todos os lotes do azeite extravirgem Vale dos Vinhedos a partir desta segunda-feira (7). A decisão foi tomada porque o produto tem origem desconhecida e é importado por uma empresa com CNPJ suspenso. Além disso, análises laboratoriais detectaram irregularidades tanto no rótulo quanto na composição do azeite.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Anvisa têm intensificado a fiscalização, resultando na proibição de dezenas de marcas de azeite nos últimos anos, com 38 delas banidas ou com lotes específicos vetados desde o início de 2024.
Razões por trás das proibições das marcas
A adulteração é o carro-chefe, onde azeites de oliva são misturados com óleos vegetais mais baratos, como o de soja, sem qualquer aviso no rótulo. Isso não só engana o consumidor como também pode apresentar riscos à saúde, já que a composição real é desconhecida. Outras irregularidades incluem empresas fornecedoras com CNPJ suspenso ou inexistente, condições sanitárias inadequadas de produção em locais clandestinos e rótulos com informações falsas ou ausentes.
Em 2024, o Mapa divulgou diversas listas de marcas consideradas impróprias. Alguns destaques incluem: Grego Santorini, La Ventosa, Alonso (a fraudulenta), Quintas D’Oliveira, Málaga, Rio Negro, Serrano, Oviedo, e Imperial.
Já em maio de 2025, a Anvisa, proibiu: Alonso, Quintas D’Oliveira, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Grego Santorini e La Ventosa. No dia 6 de junho, foi a vez de Serrano, Málaga e Campo Ourique.
Recipiente com azeite de oliva (Foto: reprodução/ Nikos Pekiaridis/Getty Images Embed)
Saiba como escolher um azeite de qualidade
Diante de tantas irregularidades, o consumidor deve redobrar a atenção. A primeira recomendação é desconfiar de preços muito baixos, já que azeites de oliva extravirgem de qualidade são raramente vendidos por valores muito abaixo do mercado. Também é importante evitar a compra de azeite a granel, pois a procedência costuma ser incerta. Sempre verifique o rótulo, conferindo informações claras sobre o produtor ou importador, CNPJ e a classificação do azeite.
Para uma compra mais segura, consulte as listas oficiais de marcas proibidas nos sites do Mapa e da Anvisa. Prefira azeites em embalagens escuras (vidro ou lata), que protegem o produto da luz e preservam suas propriedades. Prefira também produtos com a data de fabricação recente. Por fim, se você tiver um azeite de uma marca proibida em casa, não o consuma e, se possível, procure o local de compra para uma troca ou reembolso. Denuncie qualquer irregularidade aos órgãos competentes.