Trump vai financiar metade do valor do programa de auxilio alimentação

Presidente vai financiar metade do valor para o principal programa de ajuda na alimentação das famílias pobres dos EUA e culpa paralisação do congresso

04 nov, 2025
Donald Trump corta verba de programa de ajuda a alimentação | Reprodução/Kiyoshi Ota/Getty Images Embed
Donald Trump corta verba de programa de ajuda a alimentação | Reprodução/Kiyoshi Ota/Getty Images Embed

Donald Trump e seu governo tomaram a decisão de financiar somente a metade do auxílio-alimentação para as famílias pobres dos Estados Unidos. Esse projeto que beneficia mais 40 milhões de pessoas e existe há décadas, mas devido ao impasse no Congresso norte-americano em relação ao orçamento público, ficou sem recursos.

Oficialmente, segundo o governo, o dinheiro termina no próximo sábado (10) e os americanos já se mobilizam para que os mais vulneráveis não passem fome.

Paralisação do Congresso

O congresso americano ainda não conseguiu aprovar um orçamento, o que faz com que o governo esteja enfrentando a segunda mais longa paralisação da história. O presidente Donald Trump falou em sua rede social que não quer que os americanos fiquem sem comer e jogou a culpa para os integrantes do Partido Democrata, que se recusam a reabrir o governo. Ele ainda informou que fornecerá o financiamento para alimentação desde que o tribunal esclareça a forma legal para o dinheiro ser liberado.

Já os democratas, partido de oposição a Trump, defende um acordo provisório, que o governo financie os gastos até 21 de novembro e afirma que só aceita uma proposta caso não tenha cortes em programas sociais, como o programa de alimentos. Além disso, a oposição deseja que o governo Trump tenha reservas suficientes para 100% do programa.

Juízes federais afirmaram que o governo americano tem a obrigação moral de manter os benefícios de todos os cidadãos. Já a Casa Branca diz haver obstáculos legais que impedem o uso de fundos de emergência. O governo de Trump tem reservas.


Pessoas afetadas com o corte do programa de ajuda alimentar (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)


As consequências

Já são 31 dias e são os americanos que sofrem mais com as consequências da paralisação e ao que tudo indica o congresso não está nada próximo de uma solução. Os impactos já são sentidos em vários âmbitos, desde mesa do jantar da população até em viagens.

A cofundadora do Projeto Rooted to Rise, Jéssica Alicea, criou um projeto para arrecadar e doar comida aos vizinhos. “Eu sei o que é não ter o que comer à noite. Eu sei o que é dar comida aos meus filhos e não comer à noite. eu sei o que é garantir que, no fim do dia, meus filhos tenham tudo o  que precisam enquanto eu fico sem”, afirmou.

Os serviços essenciais como correios, segurança e controle aéreo precisam ser mantidos, mas cerca de mais de 700 mil pessoas estão trabalhando sem receber salário, incluindo 13 mil trabalhadores só na parte de controle de tráfego aéreo. Sem pagamentos, a maioria deles estão procurando trabalhos temporários. A diminuição de trabalhadores já é sentida em aeroportos de cidades como o do Texas, Flórida, Nova York e Washington, onde já estão ocorrendo atrasos e cancelamentos de voos.

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