Ataque a tiros em Jerusalém deixa seis mortos e dezenas de feridos, afirma autoridade
Dois homens atiraram contra passageiros em um ônibus em Jerusalém; Israel trata como ataque terrorista e anuncia reforço na segurança

Um ataque a tiros em Jerusalém deixou seis mortos e mais de dez feridos na manhã desta segunda-feira (8). Segundo autoridades de Israel, dois homens armados invadiram um ônibus na região norte da cidade e atiraram contra passageiros e pedestres, sendo mortos em seguida por forças de segurança. Entre os feridos, ao menos seis estão em estado grave, segundo o serviço de emergência Magen David Adom (MDA).
O ataque aconteceu em uma área marcada por constantes tensões, nas proximidades das rodovias que conectam Jerusalém Oriental aos assentamentos judaicos da Cisjordânia. Testemunhas relataram momentos de pânico, com pessoas correndo em busca de abrigo e socorristas atendendo vítimas em condições críticas.
Identificação das vítimas e resposta imediata
O MDA informou que entre os mortos estão três homens de cerca de 30 anos, um homem e uma mulher na faixa dos 50, além de outra vítima que morreu a caminho do hospital. Outras 12 pessoas foram hospitalizadas em diferentes níveis de gravidade.
Ataque a tiros em ônibus em Jerusalém (Foto: reprodução/MENAHEM KAHANA/AFP/Getty Images Embed)
De acordo com a polícia de Israel, os agressores portavam armas automáticas, munições e uma faca. Equipes forenses permaneceram no local para recolher evidências, enquanto unidades antibombas e militares ampliaram operações de busca em Jerusalém e arredores de Ramallah, na Cisjordânia.
Aumento na tensão regional
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou o local do ataque e afirmou que Israel enfrenta uma guerra contínua contra o terrorismo, tanto em Gaza quanto em Jerusalém e na Cisjordânia. Segundo ele, as forças de segurança devem adotar medidas mais duras para impedir novos atentados e perseguir possíveis cúmplices dos atiradores.
O grupo Hamas não reivindicou responsabilidade, mas elogiou a ação como ato de resistência. Para o governo israelense, no entanto, o episódio reforça os riscos de escalada na região, já marcada pela guerra em Gaza desde outubro de 2023 e pela pressão internacional contra a expansão dos assentamentos na Cisjordânia.
O ataque é considerado o mais grave em Jerusalém desde novembro de 2023 e se soma ao histórico recente de violência que, segundo dados da ONU, deixou quase mil palestinos mortos na Cisjordânia e em Israel desde o início do conflito.