COP30: Entenda o que será discutido na conferência que começa nesta segunda

Começa hoje (10) começa a 30ª Conferência das Partes, evento que reúne líderes mundiais para discutir e negociar ações de combate à crise climática

10 nov, 2025
Líderes mundiais na COP30 | Reprodução/Mauro Pimentel/Getty Images Embed
Líderes mundiais na COP30 | Reprodução/Mauro Pimentel/Getty Images Embed

Começa nesta segunda-feira, em Belém, a COP, sigla em inglês para Conference of the Parties (Conferência das Partes), evento em que reúne líderes mundiais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil para discutir e encontrar soluções para a crise climática.

A conferência é realizada todo ano, desde 1995, reunindo 197 países que firmaram um acordo ambiental com a ONU no início dos anos 1990. Este acordo busca reduzir a emissão de gases de efeito estufa e combater o impacto humano nas mudanças climáticas.

Os principais temas discutidos na COP30

Líderes e representantes mundiais vão discutir temas que incluem: a redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono; preservação de florestas e biodiversidade e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.

Outro tema que será discutido é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma proposta do Brasil para investir em renda fixa para gerar lucro e usar esse dinheiro para a conservação das florestas tropicais, pagando países que preservam suas florestas.


Temas em discussão na COP30 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Na COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, os países mais desenvolvidos se comprometeram a dar aos países em desenvolvimento pelo menos US$ 1,3 trilhão (R$ 7 trilhões) por meio de fontes públicas e privadas, para ajudar no enfrentamento das mudanças climáticas.

Resultados esperados da Conferência

A COP30 deve ir além de promessas e deve ser um momento decisivo para transformar acordos políticos construídos desde Dubai em ações concretas que mantenham o aquecimento global abaixo de 1,5°C.

O primeiro resultado esperado é o avanço em torno das metas climáticas (NDCs), que são os compromissos de cada país para reduzir o efeito estufa e se lidar com as mudanças climáticas. Até o momento, mais de 100 países enviaram novas metas para 2035, mas a maioria ainda muito abaixo do recomendável.

As metas climáticas atuais cobrem apenas 30% das emissões e reduzirão apenas 4% até 2035, mas é preciso cortar cerca de 60% para estabilizar o clima.

Outro resultado esperado é na mudança da transição energética, que busca uma mudança em combustíveis fósseis em fontes mais limpas e sustentáveis. Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, os países precisam garantir recursos financeiros, humanos e tecnológicos, para conseguir cumprir as metas de redução de emissões e adaptação ao clima.

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