Segundo estudo, 27% dos jovens do país estão sem estudo e sem trabalho

A mesma pesquisa também sugere que cursos profissionalizantes estejam mais alinhados com as vagas disponíveis no mercado, como as áreas da tecnologia.

16 mar, 2023

Segundo um levantamento divulgado pelo Canal Futura nesta quinta-feira (16), um a cada três jovens no Brasil (o que vale a 27%), com idades entre 14 e 29 anos, não possuem oportunidade de estudo nem de trabalho.


 

Desemprego (Foto: Reprodução/Anapasp)


A pesquisa mostra que 39% desses meninos e meninas apenas trabalham, enquanto outros 15% somente estudam, mais de 14% estudam e têm emprego. Por fim, 5% estudam, mas estão desempregados.

Estudiosos apontam que esse levantamento é especialmente alarmante quando se olha o outro lado da mesa, ou seja, o que pensam as empresas contratantes. Uma pesquisa com 34 organizações mostra que é necessário ajustar a sintonia entre os cursos de formação e as vagas efetivamente disponíveis.

Essas entidades do questionário trabalham diretamente ou indiretamente na inclusão produtiva de jovens brasileiros.

Ao todo, 67% afirma que faltam cursos de qualificação profissional e técnica adequados para os diferentes perfis de jovens que moram no Brasil. Cerca de 58% das empresas dizem que as classes profissionalizantes não estão atualizadas ou em sintonia com o mercado de trabalho.

“A tendência não é positiva. Veremos o crescimento do grupo de jovens sem trabalho e sem estudo nos próximos anos. As empresas terão que fazer uma força reversa (apostar e capacitar os mais jovens) para mudar esse cenário”, afirma Eduardo Georjão Fernandes, diretor do Instituto Veredas.

O relatório foi realizado com análise de mais de 500 publicações que focam na juventude e trabalho somados ao encaminhamento de questionários a 34 empresas.

O dossiê é um conjunto da Fundação Roberto Marinho (FRM) em associação com o Itaú Educação e Trabalho e mais as fundações Arymax, Telefônica Vivo e Goyn SP.

“A aprendizagem baseada no trabalho é uma das possibilidades para profissionalizar esses jovens. Temos uma lei que determina que as empresas de grande porte precisam determinar de 5% a 15% das vagas para jovens de 14 e 24 anos, mas o país está muito atrasado em relação a essa agenda”, afirma Rosalina Soares, assessora de pesquisa e avaliação da FRM.

Foto destaque: Desemprego – Reprodução/Clic News

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