A exemplo do que acontece em outros eventos esportivos, como o intervalo do SuperBowl, a final campeonato de futebol americano dos EUA e nas aberturas dos campeonatos futebolísticos, como a final da Liga dos Campeões da Europa e da Libertadores da América, a FIFA decidiu também implementar uma atração musical no intervalo do Mundial de Clubes. Na primeira edição do torneio com o novo formato, J Balvin, Doja Cat e Tems terão a responsabilidade de agitar os espectadores.
Novo desafio
A competição se inicia no próximo sábado (14) e se estende até o dia 13 de julho, data da final do campeonato. Durante o intervalo da partida que finda o certame, os três artistas estarão em cena para levantar o público presente no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos EUA, e em casa, acompanhando a decisão pela TV. A apresentação terá a produção da Global Citizen, com curadoria de Chris Martin, vocalista da banda britânica “Coldplay”.
Além da responsabilidade de engradecer o espetáculo e promover maior visibilidade ao confronto derradeiro do Mundial de Clubes, J Balvin, Doja Cat e Tems terão também a missão de ajudar a arrecadar US$ 100 milhões para o Fundo Educacional Cidadão Global da Fifa, entidade organizadora do campeonato.
Presidente da FIFA, Gianni Infantino, ao lado da taça do Mundial de Clubes (Foto: reprodução/Brennan Asplen/GettyImagesEmbed)
Queridinho dos brasileiros
A edição deste ano do Mundial de Clubes marcará uma mudança significativa no torneio. A FIFA planeja renomeá-lo oficialmente como “Copa do Mundo de Clubes”, em alusão ao tradicional Mundial de seleções realizado a cada quatro anos.
Além da nova nomenclatura, a competição adotará o mesmo formato utilizado na Copa do Mundo até 2022: 32 equipes divididas em oito grupos com quatro clubes cada. Os dois melhores de cada grupo avançam para a fase eliminatória, totalizando 16 classificados que disputarão partidas de mata-mata até a final.
Desde 1960, clubes de diferentes continentes se enfrentam anualmente com o intuito de decidir qual deles é o melhor time do mundo do futebol. Diferente da edição que se inicia no próximo sábado (14), o campeonato intercontinental disputado há 65 anos possuía regras diferentes. Naquela ocasião, apenas times de dois continentes, a Europa e a América do Sul, considerada as duas regiões mais fortes no esporte, disputaram o título. Por vencerem o principal campeonato de seus respectivos continentes, o Real Madrid, campeão da Copa dos Campeões da Europa, e o Peñarol, campeão da Libertadores da América daquele ano, disputaram o mundial daquele ano. O clube espanhol derrotou os uruguaios, tornando-se, assim, o primeiro campeão intercontinental, segundo a Fifa.
O torneio variou entre uma final disputada apenas entre um jogo, em campo neutro, e dois, no estádio de cada participante até 2004. Antes disso, houve uma edição especial em 2000. Nesse ano, a FIFA decidiu organizar um torneio que contasse com os representantes de todos os continentes, além de um representante do país anfitrião da competição que acontecerá no Brasil. Melhor para o Corinthians, “dono da casa”, que derrotou o Vasco, que representava a América do Sul, na decisão.
O formato usado em 2000, com times de todos os continentes, só voltou a ser usado em 2005, ano em que o São Paulo derrotou o Liverpool, da Inglaterra, sagrando-se tri campeão mundial, e durou até os dias atuais, pois mesmo com o novo formato quadrienal, a FIFA deseja manter uma edição anual, dos mesmos moldes que fizeram torcedores de Corinthians, São Paulo, e Internacional, esse em 2006, sorrirem.
Diferente do que ocorre com torcedores de times de outros continentes, os adeptos brasileiros valorizam a competição intercontinental. É ela que é motivo de orgulho, ou decepção, na história de suas agremiações.
