Rolls-Royce avança com reatores nucleares compactos e dá passo decisivo rumo à transição energética no Reino Unido

Rolls Royce avança para contrato para fazer pequenos reatores nucleares no Reino Unido

11 jun, 2025
Imagem mostra logo da Rolls Royce em uma de suas sedes no mundo |
Reprodução/X/@WallStreetMav
Imagem mostra logo da Rolls Royce em uma de suas sedes no mundo | Reprodução/X/@WallStreetMav
Logo da Rolls Royce em prédio

A Rolls Royce acaba de conquistar um marco histórico no setor de energia. A empresa britânica recebeu sinal verde do governo do Reino Unido para dar início ao processo regulatório dos seus reatores nucleares modulares, conhecidos como SMRs (Small Modular Reactors). A iniciativa é estratégica para garantir energia, reduzir emissões e impulsionar a economia verde do país.

Energia limpa em escala industrial

Os SMRs representam uma nova geração de usinas nucleares. Diferentemente dos grandes reatores tradicionais, essas unidades compactas podem ser fabricadas em série, transportadas por caminhões e montadas diretamente no local de operação. Cada unidade projetada pela Rolls Royce tem capacidade para abastecer até um milhão de residências, com uma pegada de carbono praticamente nula.

“A transição energética passa pela diversificação das fontes. E os reatores modulares podem preencher uma lacuna crucial entre renováveis intermitentes e a demanda constante por eletricidade”, afirmou um porta-voz da Rolls Royce SMR.


Vídeo falando sobre esse possível investimento da empresa britânica (Vídeo: reprodução/YouTube/Olhardigital)

Investimento Bilionário e potencial exportação

Desde 2024, o projeto já atraiu mais de meio bilhão de dólares em investimentos públicos e privados. O governo britânico vem posicionando os SMRs como uma solução estratégica para substituir gradualmente o gás natural, especialmente após os choques de preço gerados pela guerra na Ucrânia.

Além do impacto ambiental, o projeto tem um claro apelo econômico. Estima-se que a cadeia produtiva associada aos SMRs pode gerar até 40 mil empregos diretos e indiretos no Reino Unido, com potencial de exportação para países da Europa, Ásia e América Latina.

Rumo a uma nova matriz energética

O avanço dos SMRs marca um novo capítulo na política energética do Reino Unido. Em vez de grandes megaprojetos com décadas de construção, os reatores compactos oferecem uma alternativa mais ágil, escalável e segura. Com essa decisão, o Reino Unido se junta a uma corrida global liderada também por países como Canadá, Estados Unidos e França, todos investindo em reatores nucleares de nova geração como parte de suas metas climáticas.

Ainda foi anunciado, que será investido 14,2 bilhões de libras para construir uma usina de uma escala ainda maior, Sizewll C, na parte leste britanica, como parte da “maior implantação nuclear da geração”, como estão chamando.

Resumo em números:

  • US$ 546 milhões já investidos no projeto

  • 1 milhão de residências por reator

  • Até 40 mil empregos projetados

  • 2030: previsão de início das operações

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