Invasão da Rússia na Ucrânia faz mercado cripto despencar

Os ataques feitos pela Rússia em diversos pontos da Ucrânia na madrugada desta quinta-feira causaram medo nos mercados de risco em todo o mundo. As principais ações caíram significativamente e essa queda se estendeu ao mercado de criptomoedas, que teve um aumento considerável nas baixas, comparado as últimas semanas. A capitalização total do setor chegou a perder US$ 150 bilhões.

O bitcoin caiu cerca de 8,4% comparado as últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 35.300, o ether, criptomoeda da Ethereum, teve uma queda de 12%, sendo vendida por US$ 2.370 A capitalização do mercado de criptomoedas também sofreu com as quedas, diminuindo cerca de 10% do seu valor, que até ontem (23) era de US$ 1,75 trilhões passou para 1,58 trilhões, o que representa US$ 150 bilhões saindo do mercado devido as posições que os investidores desfizeram nas últimas horas.

_{Criptomoeda bitcoin. (Foto: Reprodução/Atlas Invest)}

As fortes baixas no mercado de criptoativos comparado a outros mercados de risco se dá pela volatilidade que nesse mercado é superior a outros, principalmente por se tratar de uma tecnologia nova e que ainda é considerada um investimento de risco muito elevado. As quedas já eram previstas, se de fato ocorresse a invasão da Rússia à Ucrânia, visto que gerariam incertezas políticas e econômicas, o que levam muitos investidores a desfazerem posições em ativos de alto risco.

O mercado de derivativos de criptomoedas, que é monitorado pela plataforma Coinglass, obteve mais de US$ 460 milhões em liquidações de posições de contratos futuros, nas últimas 24 horas. Chegando a 80% nas últimas 12 horas. Grande porcentagem dessas liquidações foram das corretoras OKX e Biance, sendo US$ 153 milhões liquidados na OKX e aproximadamente 130 milhões em posições adquiridas, já na Biance foram cerca de US$ 138 milhões liquidados e 101 milhões de posições adquiridas. Outras bolsas de cripto que tiveram um volume maior de liquidações nas últimas horas foram a FTX e a Bybit, 66 milhões e 58,5 milhões respectivamente.

Foto Destaque: Criptomoedas Bitcoin. Reprodução/ Seu Dinheiro.