A moda apresenta uma pseudo-regra com a seguinte afirmação: as tendências são renovadas a cada 20 anos. Tal afirmação é comprovada quando vemos elementos dos anos 2000 que retornaram ao guarda-roupa e hoje são os queridinhos da Geração Z, como, por exemplo, a cintura baixa, os tops de frente-única e claro, o movimento indie.
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O termo indie, se trata de uma abreviação da palavra independent — significa independência —, criado em 1980 para se referir ao grupo de músicos que iam na contramão do desejado pelas grandes gravadoras da época.
Criadora de conteúdo usa moda indie. (Foto: Reprodução/@jaglever)
O estilo combinava camisetas de banda com peças vintages, sendo normalmente embalado pelo som de The Smiths ou The Cure. Atualmente seus elementos mesclam a tecnologia da época com os avanços atuais — como a volta dos discos e smartphones dobráveis —, como afirma a gerente de marketing da SRI Clothing, Beatriz Martins para a Elle: “Era muito marcado por uma tribo. Hoje, a geração Z está o tempo topo zapeando. Os estilos se fundem: é uma coisa Y2K, com toques de Paris Hilton e um sabor emo que vai para o indie.”
O estilo indie invade as passarelas
Apesar de sua maior influência ter sido no ramo da música, movimentos sociais e tecnologia, o indie não esqueceu de deixar a sua marca no mundo da moda e esta retornou para as passarelas da Geração Z.
Modelo Pre-Fall 2022 da Chanel. (Foto: Reprodução/ Vogue)
O estilo “indie kid” era conhecido por misturar elementos discretos e o famoso “patricinha 2000”, com elementos de caráter lúdico e otimista como, por exemplo, símbolos de smiley e ying-yang — objetivo que condiz com a necessidade atual da sociedade de ter esperanças para um futuro que supere a pandemia mundial —, encontrado como referência no pre-fall 2022 da Chanel e no estilo da cantora Peaches.
A necessidade de se apegar ao passado
Criadora de conteúdo usa look indie. (Foto: Reprodução/@sophie.seddon)
Com o retorno do estilo indie na sociedade, é possível notar uma necessidade social de se apegar ao passado, tendo receio do que o futuro nos reserva e tentando ao máximo nos conectar com aquela nossa versão “adolescente incompreendida dos anos 2000”. Como afirma Juliana Lopes para Elle: “A gente viu isso nos anos 1990, com o visual infantil grunge, do menino do colegial abandonado pelos pais yuppies dos anos 1980, que só pensavam em trabalho. Essa estética dos jovens largados é uma ressaca, assim como agora: é um não aguentar mais tanta roupa, produto, moda, dinheiro e sucesso – mas ainda assim, dentro do Instagram”.
Foto destaque: cantora e atriz Olivia Rodrigo usa roupa indie para Variety/ Reprodução: Heather Hazzan