O ator Luiz Carlos Araújo, aos 42 anos, foi encontrado morto em seu apartamento, localizado em São Paulo, no dia 11 de setembro. Até então, diversas dúvidas sobre o ocorrido foram levantadas. Dentre elas, a principal: qual havia sido o motivo da morte? A resposta foi obtida por meio de análise do IML (Instituto Médico Legal), confirmada pelo UOL junto à equipe do delegado Roberto Monteiro, o qual está comandando as investigações.
A celebridade foi localizada morta em sua residência, na Grande São Paulo, por amigas. No dia anterior, em 10 de setembro, a atriz Marilice Cosenza, melhor amiga e sócia de Luiz Carlos, realizava ligações para o número do ator, no entanto, sem sucesso. Então, ela pediu para que suas amigas fossem ao local onde Araújo morava, com o intuito de saber de seu paradeiro.
Segundo ela, as companheiras, ao entrarem no edifício, não foram reconhecidas por Pedro Silva, zelador do prédio. Esse, então, telefonou para o síndico e, posteriormente, dirigiu-se até o apartamento de Luiz. Ele relata que chegou a tocar a campainha, mas não obteve resposta e decidiu sair do local por conta do forte odor. A partir desse momento, o profissional decidiu chamar a polícia.
“Ninguém atendeu a porta. O porteiro foi, tocou [a campainha] e sentiu um cheiro muito forte vindo do apartamento. Chamaram a polícia e um chaveiro. Abriram o apartamento e encontraram o Luiz na cama, já falecido. Parece que estava ali há uns três, quatro dias”, relatou Marilice, ao UOL. Ela também prestou depoimento à polícia.
Investigação da morte de Luiz Carlos Araújo ainda está em andamento. (Foto: Reprodução/Instagram)
De acordo com o documento, o artista, conhecido por interpretar Vagner em “Carinha de Anjo” (2016), da SBT, além de participar de várias peças no teatro musical, foi vítima de uma asfixia acidental. Segundo a perícia, ele possuía drogas em seu organismo no momento em que morreu. “Não foram observados sinais de constrição [alteração] cervical externas ou internas, mesmo após a dissecção cuidadosa do pescoço”, constava no laudo oficial.
Como informa inspeção, Luiz foi encontrado sem vida em sua cama com um saco preto em sua cabeça, o que pode ter acarretado na respiração dele. “Consta da ocorrência que a vítima foi encontrada com um saco preto na cabeça, prática essa conhecida em Literatura Médica como re-respiração, usada com certa frequência para aliviar a respiração rápida e descontrolada em situações de ansiedade e em muitas práticas de asfixiofilia/parafilias, com o intuito de aumentar o teor de dióxido de carbono e diminuir o teor de oxigênio, variações estas que causam vasodilatação ou vasoconstrição de vasos extra e endocrânios. Tal prática pode ter como complicação a asfixia por confinamento [troca do ar respirável por ar irrespirável]”.
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O corpo de Luiz Carlos Araújo foi velado no dia 13 de setembro, com caixão lacrado. A cerimônia, restrita por conta da pandemia da Covid-19, ocorreu no Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo. Sua missa de sétimo dia aconteceu no dia 17 de setembro, na paróquia Santa Teresa de Jesus, no bairro de Itaim Bibi, na Zone Oeste da capital.
Foto Destaque: Luiz Carlos Araújo. Reprodução/Instagram
