Há pouco mais de um ano, Eri Johnson, de 43 anos, trocou a vida turbulenta da cidade maravilhosa pela calmaria de uma região campestre do interior de Goiás. Em entrevista à revista Quem, o ator detalhou os motivos que o fez optar pela mudança e compartilhou também como tem sido a difícil missão de se ‘reinventar’ profissionalmente durante a pandemia utilizando a influência da internet na vida das pessoas.
“Estou morando em Goiânia desde janeiro do ano passado, em um condomínio maravilhoso que parece uma floresta. Andar nas ruas do Rio estava muito arriscado durante a pandemia e eu gosto desta simplicidade daqui, da natureza pé no chão. No meu condomínio tem 18 lagos, emas e veados passeando, pássaros pra caramba. Corro por aqui mesmo livre e com segurança”, conta.
“Aqui tem futevôlei também. Só não tem mergulho no mar de Deus após o jogo. Mas Goiânia, inclusive, é um lugar de grandes atletas do futevôlei e do próprio vôlei. Eu passei o ano passado no bate e volta entre Rio e Goiânia. Passava doze horas dirigindo. Isso foi complicado, mas preferi fazer isso que enfrentar um avião na pandemia. E o pânico de avião? O carro é mais seguro e tranquilo”, ressalta.
Eri está atualmente na Record TV. (Foto: Reprodução/Instagram)
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PRA QUE?
Criador de um bordão replicado diariamente nas redes sociais, Eri Johnson explica que o "Pra Que?" nasceu ‘sem querer’ durante uma partida de futvôlei: “O bordão nasceu totalmente sem querer. Estava jogando futevôlei e uma galera do lado de fora não para de conversar alto perto da rede. O jogo estava quente e eles lá discutindo. Quis saber o que eles estavam falando e eles estavam falando de um alpinista que morreu após bater o próprio recorde. Eles falando com um entusiasmo e eu comentei: ‘Pra quê bater o próprio recorde?’ Pessoal começou a rir da minha entonação e depois cada lance dos jogos eles gritavam ‘pra quê?’.
"Criei o bordão e como não tinha nenhum personagem em novela ou teatro para usar, comecei a usá-lo na internet. Daí um internauta me deu a ideia de narrar vídeos e usar o bordão e comecei a fazer isso. Deu supercerto. Recebo muitas mensagens e até ideias para novos vídeos. Tem gente que até manda texto, mas daí para um cara do improviso como sou, não dá. Perde a graça. Então, eu mesmo quem crio toda a narração”, conta ele, que nas ruas, quando vai abastecer o carro ou às compras, sempre escuta o povo dizer “Eri, pra quê isso?”.
“Eu demorei para me adaptar a internet. Não era algo da minha geração e ficava muito pouco tempo conectado. Agora fico mais tempo. Estou um pouco de manhã, tarde, noite e, às vezes, madrugada. Respondo directs e faço um monte de coisa. Não tinha sacado a força da internet, saquei a força quando vi que pessoas, que para mim eram desconhecidas, eram um sucesso na internet, como essa galera do BBB que tinha um monte de seguidores antes mesmo de entrar lá. Tem um público que os conhece e acompanha o trabalho deles. Eu tenho visto o retorno dos meus vídeo quando saio na rua para fazer alguma coisa essencial. Esses dias estava em um posto abastecendo o carro, de máscara, e um cara gritou: “Mesmo de máscara, pra quê Eri’. O bordão pegou. Mas digo uma coisa, a internet não substitui os palcos. Não vejo a hora de voltar. Quando isso acontecer vai ser uma loucura porque esse tempo em casa me deixou ainda com mais vontade de estar no teatro”, concluiu.
(Foto Destaque: Eri Johnson. Reprodução/Instagram)