Na manhã desta quinta-feira (18) a SECOM (Secretaria de Comunicação) divulgou um resumo da carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em resposta aos cumprimentos de Jair Bolsonaro (sem partido), quando Biden se tornou o novo presidente.
Segundo a SECOM, o documento foi enviado no dia 26 de fevereiro e nele Biden falou sobre a oportunidade dos países somarem esforços para combater a pandemia e preservar o meio ambiente. "Estreita colaboração com o governo brasileiro neste novo capítulo da relação bilateral", dizia na carta. “Biden salientou que seu governo está pronto para trabalhar em estreita colaboração com o Governo brasileiro neste novo capítulo da relação bilateral”, diz em nota da SECOM.
No comunicado, Biden destacou que os países lutam pela independência, defendem a democracia e liberdade religiosa e repudiam a escravidão. O presidente dos EUA enfatizou que os países têm interesses em comum, em torná-los em lugares saudáveis, seguros e sustentáveis para as gerações futuras.
João Doria acusa Jair Bolsonaro de genocídio na pandemia COVID-19
Zilu Godói testa positivo para Covid-19
A carta foi divulgada um dia após a entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista à CNN Internacional que ocorreu nesta quarta-feira (17).
Lula, solicitou a Biden 30 milhões de doses de vacina. Além de pedir o repasse, Lula propôs uma reunião do G-20 para discutir a distribuição de vacinas, pois o Brasil está na pior crise de Covid-19.
"Eu sei que os EUA têm estoque de vacinas e que não vão usar todas. Talvez essas doses de vacina possam ser doadas ao Brasil ou países mais pobres que não podem pagar por ela”, disse Lula. Completa o ex-presidente: "Uma sugestão que eu gostaria de fazer ao Biden é convocar uma reunião do G20. É urgente chamar os principais líderes mundiais e colocar na mesa um só assunto: vacina, vacina, vacina".
Durante a entrevista, Lula diz que está recorrendo a Biden por não acreditar no atual governo (Bolsonaro) e nem poderia pedir isso ao ex-presidente dos EUA Trump e ressalta que Biden é “um sopro de democracia no mundo”.
Ex- presidente do Brasil Lula e presidente do EUA Joe Biden - (Foto: reprodução/Site Carta Capital/Ricardo Stuckert e AFP)
O ex-presidente confirma que pretende se candidatar para presidente em 2022, se seus aliados levarem em consideração sua candidatura, se for permitido e se a sua saúde estiver boa. Mas ressalta que o foco dele agora não são as eleições e que sua prioridade é salvar vidas. "Mas eu não quero falar disso. Minha prioridade máxima agora é salvar esse país", disse Luiz Inácio.
Foto destaque: Jair Bolsonaro - (Reprodução/Sérgio Lima/Site Poder360)