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Brasil registra recorde de conflitos rurais em 2023

Com 2.203 casos oficiais e o menor número de mortes desde 2020, a maioria dos confrontos foram motivados por disputa de terra e os indígenas foram as principais vítimas atingidas

22 Abr 2024 - 17h05 | Atualizado em 22 Abr 2024 - 17h05
Brasil registra recorde de conflitos rurais em 2023 Lorena Bueri

O Brasil registrou um número sem precedentes de conflitos rurais em 2023, alcançando a marca de 2.203 incidentes, conforme divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Este número é significativamente maior do que o registrado em 2014, que até então detinha o recorde com 1.339 casos. No entanto, houve uma redução no número de mortes relacionadas a esses conflitos, sendo este o menor desde 2020.


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Região norte e nordeste são as mais afetadas por conflitos de invasão de terras (Foto: Reprodução/NurPhoto/GettyImages Embed)


Registro dos conflitos

A CPT, uma entidade vinculada à Igreja Católica, tem documentado esses confrontos desde 1985, destacando a luta por recursos naturais e direitos sociais como causas principais. Em 2023, a maioria dos conflitos estava ligada à disputa por terras, representando 71,8% do total. Outras categorias incluíram disputas por água, seguida pelas condições de trabalho e também atos de resistência.

Os conflitos mais comuns foram invasões de propriedade, com 359 casos; seguidos por atos de violência armada, conhecidos como pistolagem, com 264 ocorrências; e destruição de propriedade, com 101 registros.

Em resposta a essas tensões, o governo federal lançou o programa “Terra da Gente”, visando facilitar a reforma agrária e a acomodação de famílias rurais.

Ataque em reservas indígenas

A população indígena foi desproporcionalmente afetada, com 14 vítimas de assassinato, representando quase a metade dos casos de morte. Outros grupos afetados incluíram trabalhadores rurais sem terra, como posseiros, quilombolas e até mesmo um funcionário público.

A região da Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira, que abrange diversas regiões do norte, como partes do Amazonas, Acre e Rondônia, manteve o mesmo número de assassinatos do ano anterior, entre estas, muitas das quais foram atribuídas a grileiros.

A região norte do Brasil foi a mais afetada por conflitos, com 35% dos casos, seguida pelo nordeste com 32%. O Pará e o Maranhão foram os estados com o maior número de incidentes. Além disso, a CPT relatou o maior número de casos de trabalho escravo rural em uma década, com mais de duas mil pessoas libertadas, o maior número registrado na última década.

Foto Destaque: Relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostra que o número de conflitos rurais aumentou (Reprodução/Reza/GettyImages Embed)

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