Saúde intestinal: desequilíbrio da microbiota e desordens associadas

A disbiose danifica a barreira de proteção do intestino, deixando-o mais permeável, a ponto de facilitar a entrada de microrganismos indesejáveis e o desenvolvimento de toxinas metabólicas que geram processos inflamatórios.

Obesidade

Esses microrganismos emitem sinais ao cérebro, mais precisamente no hipotálamo, interferindo na produção de hormônios importantes diretamente envolvidos no controle do peso, do metabolismo, da fome e da saciedade (como leptina e grelina, por exemplo).

Aumentam a resistência à insulina, o que culmina para um cenário propício para o ganho de peso, desenvolver diabetes, além de reduzir a capacidade de absorção alimentar, causando doenças por insuficiência de vitaminas e minerais.

Como regular o intestino

É possível manter um equilíbrio intestinal a partir de escolhas alimentares saudáveis com maior consumo de fibras e de alimentos naturais; Evitar a ingestão de  álcool e consumo do tabaco, evitar os corantes e  conservantes, carnes vermelhas e alimentos gordurosos.

É importante também evitar alimentos com carboidratos simples, como açúcar refinado e chocolates, assim como o consumo excessivo de alimentos com farinha branca (pães e bolos e massas). Assim, diminui-se a fermentação no intestino e a produção de gases e diarreia, que prejudicam a flora intestinal.

Ligação mente e intestino

O termo “eixo intestino-cérebro” refere-se à comunicação bidirecional entre sistema nervoso central e o trato gastrointestinal. Ou seja, alterações psíquicas podem interferir na digestão, na absorção de nutrientes e no equilíbrio intestinal, assim como também ocorre em condições contrárias, onde a inflamação intestinal relaciona-se com alterações no humor e doenças psíquicas.
 
A disbiose provoca um aumento da permeabilidade da barreira intestinal, e com isso, microrganismos indesejados e seus produtos, como citocinas inflamatórias, translocam para o sistema nervoso entérico e central, aumentam a neuroinflamação, contribuindo para o processo de neurodegeneração, alteração na produção de neurotransmissores responsável pela sensação de bem-estar (como a Serotonina) e, consequentemente, desenvolvimento de doenças psíquicas.

Foto destaque: Saúde intestinal. Foto/Reprodução

Como tratar a alopecia, condição que atinge as cantoras Maiara e Maraísa

Primeiro foi a cantora Maraisa, agora a irmã gêmea Maiara conta que recebeu o diagnóstico de alopecia, uma condição que prejudica não apenas a saúde dos cabelos, como também mexe com a autoestima.

Assim como a dupla sertaneja, de acordo com o Ministério da Saúde, a alopecia areata, uma das formas mais comuns da condição, acomete de 1% a 2% da população brasileira, ou seja, mais de 4 milhões de pessoas de ambos os sexos, todas as etnias e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos, os portadores tenham menos de 20 anos.

Causas e sintomas

Patrícia Marques, médica tricologista especialista na saúde dos cabelos, explica que “as causas da alopecia, em todas as suas formas, são muito variadas, algumas até desconhecidas, e passam por alterações hormonais, carências nutricionais, reações autoimunes, uso de medicamentos, fatores genéticos, cirurgias e outras doenças, podendo ser até a tração excessiva do cabelo provocada por penteados ou megahair”, diz.

Os sintomas também são diversos como o afinamento dos fios e a diminuição da densidade no caso da calvície, quedas localizadas na alopecia areata e na alopecia de tração, perda de cabelo na região da testa na alopecia frontal fibrosante e queda total tanto do cabelo quanto dos pelos corporais na alopecia areata universal.

Diagnóstico e tratamento

“O diagnóstico correto e precoce é um grande aliado no tratamento da alopecia, mas é bom lembrar que nem toda queda de cabelo é grave e permanente. O eflúvio telógeno agudo, por exemplo, é temporário e apresenta melhora espontânea, portanto, ao perceber qualquer alteração capilar, seja de volume, falha ou qualidade, um médico tricologista deve ser consultado”, alerta.

Segundo a especialista, além da avaliação visual, exames com uma lupa especial ou até de laboratório e biópsia podem ajudar, por isso a importância de consultar um médico o quanto antes para um diagnóstico preciso.

Ela diz também que o direcionamento para um tratamento eficaz é muito importante e ele pode ser conduzido por medicação oral, suplementos nutricionais, injeções locais, laser, led e microagulhamento, dependendo de cada caso.

Foto destaque: irmãs Maiara e Maraísa. Reprodução/Instagram

Obesidade e diabetes: como a alimentação pode ajudar a prevenir e tratar

Uma dieta equilibrada e diversificada pode fazer muito bem para a saúde do organismo, porque ajuda a reduzir a inflamação, além de tratar a obesidade e a diabetes, duas doenças metabólicas que se tornaram uma verdadeira epidemia no mundo.

A Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio De Janeiro (SCMRJ) elabora 7 pontos principais de um padrão alimentar saudável:

Não existe uma dieta “certa” para todos

Embora uma pessoa possa ter resultados surpreendentes com uma determinada dieta, isso não significa que você terá os mesmos resultados. E só porque uma dieta não funciona para você, não significa que você falhou – pode apenas significar que a dieta não era certa para você”, diz a médica.

Você deve gostar 

Se você não gostar de comer determinado alimento, dificilmente vai conseguir aderir a mudanças de hábitos. “Não agimos bem quando nos sentimos privados, e se você está comendo comida de que não gosta, isso não dará certo e se tornará insustentável. Existem muitas opções saborosas e saudáveis demais para se contentar com alimentos que você não gosta”, diz a endocrinologista.

Evite alimentos altamente processados

Se for para seguir apenas uma das sete regras: siga essa. “Dietas ricas em alimentos altamente processados são as principais contribuintes para a obesidade, diabetes e epidemias de hipertensão. Esses alimentos geralmente contêm muitos ingredientes que você não reconheceria como alimentos, como conservantes e outros produtos químicos”, diz a médica.

Ela recomenda cuidado especial inclusive com produtos ‘fit’, ‘light’, ‘zero’ e ‘diet’, que podem ter menos calorias, mas um maior teor de produtos químicos adicionados. Uma dica importante é minimizar ou eliminar alimentos altamente processados, carnes processadas e alimentos fritos. 

Inclua vegetais

Sua mãe e avó estavam certas: comer vegetais é um caminho seguro para um organismo mais saudável. “Esses alimentos possuem micronutrientes, antioxidantes, vitaminas, minerais e fitoquímicos que ajudam na saciedade e na tarefa de nutrir o organismo e combater a inflamação”, diz a Dra. Deborah.

As fibras também devem estar no prato

“Elas diminuem a absorção do colesterol, de gorduras e de açúcares, e causam sensação de saciedade prolongada, porque permanecem no estômago juntamente com os outros nutrientes por mais tempo, retardando a sensação de fome e o consumo de mais calorias”, diz a Dra. Deborah. As fibras também têm o poder de regular o trânsito intestinal, desde que consumidas com quantidade suficiente de água. 

Fique de olho no tamanho da porção

Mesmo se for uma comida saudável, comer muito ainda é maléfico. “Reduza o ritmo, coma com atenção e sirva as refeições em pratos menores. Inclua fibras, gorduras boas e proteínas magras, pois a digestão é mais lenta. Essas são estratégias comprovadas para diminuir a quantidade de comida sem sentir que está com fome”, comenta.

Coma em casa

Os benefícios de cozinhar o próprio alimento são indiscutíveis. “Alimentos de melhor qualidade, custo mais baixo, um vínculo mais forte com os entes queridos e escolhas mais saudáveis são apenas alguns dos benefícios das refeições caseiras”, diz a médica. Você não precisa ser um chef de cozinha para colocar alimentos nutritivos e de boa qualidade na sua mesa. 

Foto destaque: Prato saudável. Reprodução/FreePik

Exposição prolongada a telas afeta desenvolvimento infantil, revela estudo

De acordo com uma pesquisa recente publicada no “The Journal of the American Medical Association Pediatria“, no Japão, crianças a partir de um ano de idade que passam mais de quatro horas diárias em frente às telas apresentam atrasos no desenvolvimento das habilidades de comunicação e resolução de problemas aos 2 e 4 anos, além de indicar alterações na visão.

Impactos no desenvolvimento

A análise também constatou que crianças de um ano exibiam um maior tempo de tela do que seus pais e apresentavam atrasos no desenvolvimento de habilidades motoras finais, interpessoais e sociais aos 2 anos. No entanto, tais atrasos justificados diminuem até os 4 anos.

O estudo não envolveu uma relação causal entre o tempo de tela e os atrasos no desenvolvimento, mas sim uma associação entre o tempo excessivo diante das telas e esses atrasos. Especialistas sugerem que essa tendência pode ser explicada pelo valor da interação presencial para as crianças pequenas.

O estudo não abordou diretamente problemas oculares, focando principalmente em atrasos no desenvolvimento. No entanto, é amplamente conhecido que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como telas, pode contribuir para problemas oculares, como fadiga ocular, miopia e síndrome do olho seco em crianças. Portanto, é importante considerar não apenas os impactos no desenvolvimento, mas também os possíveis problemas oftalmológicos. 


Tempo de tela para crianças pode ser prejudicial (Foto: reprodução/çFreepik)


Interatividade face a face é fundamental

David J. Lewkowicz, psicólogo de desenvolvimento do Yale Child Study Center, enfatizou a importância crucial da interação face a face entre pais e filhos para enriquecer o conjunto de informações que os bebês recebem. Ele ressaltou que essa interação abrange expressões faciais, linguagem verbal, entonação e físico, aspectos que não são transmitidos durante o tempo de tela.

O estudo, baseou-se em questionários sobre desenvolvimento e uso de telas, respondidos por quase 8.000 pais de crianças pequenas. As descobertas revelaram que bebês expostos a mais tempo de tela eram frequentemente filhos de mães jovens, com menor renda, nível primário educacional e propensão à depressão pós-parto.

Apenas 4% das crianças eram expostas às telas por mais de quatro horas diárias. Em contrapartida, 18% tinham entre duas e quatro horas de exposição, enquanto a maioria usufruía de menos de duas horas.

Especialistas recomendam que os pais priorizem a interação face a face com seus filhos. Embora retirar completamente o tempo da tela possa ser inviável, a moderação é essencial. Lewkowicz enfatiza: “Converse com seu filho cara a cara, o máximo que puder.”

Os autores do estudo observaram que não há diferença entre o tempo da tela educacional e de entretenimento. Portanto, pesquisas futuras devem explorar essa distinção e seus efeitos.

Na última análise, a pesquisa reforça a necessidade de um equilíbrio saudável entre interação real e exposição às telas, proporcionando um desenvolvimento infantil adequado.

 

Foto destaque: tempo de tela para crianças pode afetar o desenvolvimento. Reprodução/Freepik

“Correria” do cotidiano pode ajudar a prevenir contra o câncer

Muitas pessoas já correram atrás de um ônibus para não perdê-lo. O que talvez não saiba é que essa pequena corrida, assim como outras situações cotidianas, pode colaborar com a prevenção do câncer.

Segundo um novo estudo publicado no periódico JAMA Oncology, tarefas e afazeres do dia a dia que envolvam movimentos rápidos como o do exemplo citado acima, podem prevenir ao menos treze tipos de câncer. Após rastrear mais de 22.000 homens e mulheres, os dados rastreadores apontaram que o movimento rápido de pelo menos três minutos é capaz de diminuir em 30% o risco de morte pela doença, em comparação a aqueles que se locomovem de maneira mais lenta, ainda que nos dois casos exista a ausência de exercício físico. Uma movimentação simples que também pode ser citada, é o ato de subir escadas, que mesmo sendo algo natural para muitos, não deixa de exigir do corpo, uma disposição.


Subir escadas é uma prática que colabora com a prevenção. (Foto: reprodução/webrun.com.br/Adobe Stock)


Aumento da frequência cardíaca previne o câncer  

Segundo autores do estudo, “A atividade física vigorosa intermitente no estilo de vida pode ser uma intervenção promissora para a prevenção do câncer em populações não aptas ou motivadas a se exercitar no lazer”, ou seja, exercícios que aumentam a frequência respiratória, nos preserva de contrair a doença, e claro, colabora também com nossa saúde em modo geral.


Mecânica da respiração. (Foto: Reprodução/educacaofisicaa.com.br)


VILPA (Vigorous Intermittent Lifestyle Physical Activity)

Em 2022, após realizada uma análise, foi apontado que dentre 46.356 casos constatados, ao menos 3% poderiam ter sido evitados. Em 2016, uma revisão cientifica realizada pelo JAMA Internal Medicine, constatou que a probabilidade de ser diagnosticado com câncer, incluindo mama, estômago, bexiga, colón e sangue, também diminuiria se praticado exercício físico regularmente. O que difere o novo estudo destes, é que, por mais que seja recomendado a prática de exercícios, apenas o fato de realizar o chamado VILPA (Vigorous Intermittent Lifestyle Physical Activity), que em resumo seria o aceleramento do ritmo das atividades cotidianas, já agrega benefícios ao corpo e a saúde.

Essa pauta não é novidade, cada vez mais pesquisadores buscam meios de evitar que se desenvolva o câncer, assim como, trabalham incessantemente para encontrar a cura dessa doença tão devastadora.

 

Foto Destaque: Cidadão correndo atrás do ônibus. Reprodução/BBC Reino Unido

 

12 passos que Faustão terá que seguir para realizar o transplante

O apresentador Fausto Silva está internado no hospital Albert Einstein desde o dia 5 de agosto, e ira realizar um transplante de coração devido a insuficiência cardíaca. Segundo o hospital, Faustão já está na fila do Sistema Nacional de Transplante  do Ministério da Saúde (SNT) e tem acompanhamento de medicamentos que ajudam seu coração a bombear sangue.

“O transplante de coração é o tratamento final da insuficiência cardíaca avançada”, disse o cirurgião cardiovascular, Samuel Steffen “É necessário o transplante quando todo tratamento clínico e medicamentoso param de ter efeito, os procedimentos, como implante de desfibriladores, e ressincronizadores, e até cirurgias como a de revascularização, quando tudo isso já foi feito se tornam necessários”, completou o cirurgião. Para Samuel o transplante é a melhor decisão a longo prazo.


Faustão (Foto: Reprodução/Instagram/@faustaonaband)


Quando o transplante é indicado

O transplante só é indicado quando o paciente tem caso de insuficiência cardíaca refratária, isso é, quando o paciente continua sofrendo com insuficiêcia cardíaca mesmo tendo passado pelo tratamento. 

“É o caso de pacientes em que as medicações por via oral, por exemplo, e os tratamentos medicamentosos já se exauriram, e o paciente descompensa do ponto de vista cardíaco. Ele passa a precisar de internação e de medicamentos por via endovenosa”, explicou Samuel.

Para o doutor Samuel, é possível separar os necessitados em 2 grupos, o 1° grupo são dos pacientes que esperam em casa, ou seja, eles podem seguir com suas rotinas normais até terem um doador, e o 2° grupo são dos pacientes urgentes, esses são os internados que não poderão sair do leito até se recuperarem da cirurgia de transplante. 

O pós-operatório 

O pós-operatório ainda tem muitos riscos, pois o paciente já está a várias  horas sobre o efeito dos remédios, assim podendo sofrer com uma disfunção renal ou hepática, “Mas é um procedimento com resultado muito bom. E na grande maioria das vezes o paciente vai muito bem no pós-operatório”, disse Steffen.

Segundo médicos do hospital Albert Einstein, o maior perigo é o corpo de Faustão rejeitar o novo órgão, pois ele tem um DNA diferente e outras células que não haviam no corpo do apresentador. Para que tudo ocorra da maneira correta, logo após a cirurgia vai se iniciar um tratamento com medicamentos imunossupressores e depois da cirurgia o apresentador continuará pelo menos 1 mês internado.

Os 12 passos que Faustão seguirá 

1°- ficar em repouso;

2°- ficar internado;

3°- fazer tumográfia; 

4°- fazer ressonância magnética;

5°- fazer ráio-x;

6°- tomar os remédios diários que o médico ira prescrever; 

7°- fazer exames sanguíneos todos os dias;

8°- seguir a dieta passada pelo nutricionista;

9°- se manter psicológicamente ativo;

10°- fazer a cirurgia;

11°- tomar remédios  imunossupressores;

12°- ficar 1 mês em observação após a cirurgia; 

 

Créditos: @G. Turon

Foto destaque: Faustão  Reprodução/Instagram/@faustaonaband

Saúde do Mato Grosso do Sul solicita reforço na vacinação de crianças contra coqueluche

O surto de coqueluche na Bolívia, com mais de 800 casos registrados, fez com que a SES-MC (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul) avisasse o estado sobre a atenção necessária para a chegada da doença na região.

A Prefeitura de Campo Grande publicou na última semana sobre a queda gradativa anual da vacinação com a polivalente de bebês. Em 2022, somente 79% do público necessário foi alcançado. Em 2023, os números são muito mais baixos: apenas 30%, com oito meses corridos até o momento. O valor ideal é aproximadamente 95% de bebês vacinados.

Sobre a coqueluche

A coqueluche consiste em uma enfermidade muito contagiosa promovida pelas bactérias Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis que, ao ingressar no organismo, permanece incubada por um período de até 14 dias. Elas se fixam na boca, nariz e garganta e, depois desse tempo de incubação, invadem o aparelho respiratório, liberando nele suas toxinas, promovendo a superprodução do muco, impedindo a fagocitose e desregulando a ação das células que efetuam a fagocitose.

A doença circula em três fases, sendo elas: catarral, com tempo de duração de até 14 dias, paroxística, com período de incubação de até 6 semanas, e fase de recuperação gradual, que dura 3 semanas.

Principais sintomas da doença

Conforme o governo do Brasil, os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. Na primeira fase, a catarral e mais leve, os sintomas são próximos aos sinais de um resfriado, incluindo a presença de tosse seca, corrimento nasal, febre baixa e sensação de mal-estar no corpo. 

Na fase intermediária da doença, a tosse seca é intensificada e outros indícios aparecem, como a presença de cansaço muito intenso, dificuldade de respiração e enjoo que pode acabar resultando em vômitos.



Bebê com coqueluche. (Foto: Reprodução/@cotipi/Twitter)


Transmissão

A doença pode ser transmitida pelo compartilhamento de objetos pessoais, como garfos, talheres, copos e itens de dormir, como os lençóis de cama. Outra maneira de transmissão é através do espirro, fala e tosse entre as pessoas.

Tratamento e Prevenção

Sobre o tratamento, a Secretaria de Saúde do Paraná afirmou: 

“Ao perceber os primeiros sintomas, é necessário entrar em contato com a instituição de saúde para o devido tratamento com os antibióticos receitados pelos médicos após o diagnóstico correto.”

Para a prevenção, é essencial que a vacinação esteja em dia. Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias, além das gestantes e profissionais de saúde infantil, contam com vacinas específicas para evitar a enfermidade.

 

Foto destaque: Coqueluche. Reprodução/Twitter/@SeviraKids

Contusão, laceração e estiramento muscular: o que são

Atletas de alta performance – ou até mesmo os de finais de semana – em algum momento se deparam com um vocabulário em que tudo parece a mesma coisa, mas não é. Lesão, contusão, estiramento, laceração, dor muscular tardia… o que é cada uma? Para esclarecer tudo sobre cada uma, convidamos o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva.

Segundo o Dr. Marcos, uma lesão que afeta o músculo basicamente ocorre quando há a ruptura ou dano às fibras musculares que o compõem. 

Entenda cada uma delas

Contusão muscular: Essa é basicamente uma lesão causada por impacto direto ou indireto sobre o músculo. “Muitas vezes resulta na formação de um hematoma ou equimose devido ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos. Uma vez lesionados, esses vasos começam a vazar sangue para o tecido. Os principais sintomas são: dor local, edema ou inchaço, alterações da coloração da pele local como vermelhidão e arroxeamento, e limitação de movimentos”, diz o Dr. Marcos. 

Laceração muscular: Segundo o Dr. Marcos Cortelazo, é uma lesão muscular mais grave do que a simples contusão e que ocorre por ruptura parcial ou completa das fibras musculares. “Os sintomas são: dor intensa e aguda, inchaço, hematoma, dificuldade de movimentos, podendo ocorrer aumento de volume local. Muitas vezes é ouvido um ‘estalo’ no local ou sensação de um tecido ‘rasgando’. 

Estiramento: Também conhecido como distensão muscular, essa é uma lesão comum que ocorre quando as fibras musculares são esticadas além de sua capacidade normal, por um movimento abrupto ou esforço excessivo. “Pode envolver movimentos inadequados ou falta de aquecimento. Os sintomas são os mesmos das lesões musculares. Cirurgias nestes casos não se aplicam”, afirma o médico.

Gelo ou calor?

No caso de lesões, é comum ter a dúvida da compressa com gelo ou com calor. “O gelo é utilizado frequentemente nas primeiras 24 a 48h para a diminuição da dor e do edema. Após este período, em geral, introduzimos o calor para a fase de reparação e recuperação ou cicatrização da estrutura muscular lesionada”, finaliza.

Faustão: entenda como ocorre o transplante de coração artificial

Internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o ex-apresentador Fausto Silva, de 73 anos, conhecido como “Faustão”, segue na busca por um transplante de coração diante ao agravamento do quadro de insuficiência cardíaca. Porém, em casos onde o paciente não pode receber o órgão, é recomendado o implemento do “coração artificial”.

Na última atualização do quadro clínico de Faustão, divulgado pelo hospital em que está internado neste domingo (20), o apresentador está em processo de diálise, método artificial que remove resíduos e excesso de líquidos no corpo, e necessitando de medicamentos para auxiliar no bombeamento de sangue ao corpo.

Insuficiência cardíaca

Considerada uma condição progressista, que se desenvolve gradualmente, a situação de saúde do apresentador ocorreu devido à perda da capacidade do coração de bombear o sangue na quantidade que o organismo necessita para ficar nutrido. Vale ressaltar que a condição do apresentador foi o enfraquecimento ou enrijecimento do músculo cardíaco.


Simulação de um médico segurando um coração (Foto: Reprodução/Freepik)


Transplante e coração artificial 

Em relação à eficácia do tratamento, por via opta-se pelo uso de medicamentos orais e mudanças no estilo de vida. Se a resposta for negativa, o paciente fica à disposição de duas opções: transplante ou o uso do coração artificial. O artificial funciona como uma bomba que bombeia o sangue e o leva para as artérias. No entanto, o seu uso é destinado a alguns casos – pacientes que não possam receber o transplante.

Os fatores que geram a desistência do transplante são relacionados por idade avançada, hipertensão pulmonar fixa, comprometimento de outros órgãos e incompatibilidade com os receptores. Havendo a necessidade de ser utilizado a vida toda, o coração artificial deve recuperar a bateria do método e leva a exclusão de atividades aquáticas, devido à bombinha que saí do tórax que liga a bateria externa.

Método temporário 

Em caso de pacientes que tenham vivenciados o uso de medicamentos endovenosos e não conseguiram atingir a ajuda no bombeamento do coração, é utilizado outro meio: o uso do coração artificial servindo como uma ponte, ou seja, de maneira temporária.

Foto destaque: Fausto Silva apresentando o programa “Faustão na Band”. Reprodução/Instagram/@faustaonaband.

Notificações de casos de Zika vírus crescem quase 44% no país

As notificações de casos de Zika vírus estão em uma crescente neste ano. Do início de 2023 até 8 julho, foram registrados 8.499, enquanto no mesmo período do ano passado o número era 5.910. Assim, demonstrou um aumento de quase 44%.

As regiões mais afetadas são as localizadas no Sudeste, com um alargamento de 1.633% nos casos, e no Nordeste do país. Entretanto, mesmo na segunda posição do ranking, o sertão brasileiro registrou uma baixa de 40%, com 2.937 ocorrências.

As notificações, contudo, não são casos confirmados e, de acordo com médicos ao g1, devem ser investigadas para constatar oficialmente a doença do mosquito Aedes Aegypti.

Zika vírus: “você pode estar com uma doença silenciosa”, afirma infectologista

Identificada em humanos pela primeira vez em 1953, a Zika é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus e transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

Essa doença possui um tratamento – através de medicamentos – baseado nos sintomas, que geralmente são: dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos.

De acordo com a infectologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Eliana Bicudo, os sintomas de olhos vermelhos, febre e manchas vermelhas atingem somente 20% dos casos, já que a maioria é assintomática.

 “Aí é que está o perigo, você pode estar com uma doença silenciosa, que traz um risco alto para grávidas e pode transmiti-la”.

Riscos para grávidas

O Zika vírus atinge, principalmente, a população gestante, pois esta doença é responsável por transmitir o vírus ao feto, além de causar complicações congênitas – como a microcefalia.


Demonstração e explicação do que é a microcefalia. (Foto: Reprodução/Uniprag).


Segundo Eliana, não se tem informações de que a enfermidade possa afetar o bebê em qualquer fase da gestação. Até o momento, os estudos mostram que quando a mãe contraí a doença nos primeiros quatro meses de gravidez, há maior risco de se produzir uma malformação.

Como ainda não existe uma vacina para o Zika vírus, a recomendação da médica é que, com a suspeita, as gestantes se encaminhem ao hospital, mesmo com os mínimos sintomas – que podem ser confundidos com cansaço ou virose.

O Ministério da Saúde também propõe que as mães utilizem produtos repelentes, além de advertir a população sobre o acúmulo de água parada e lixos, a fim de evitar a formação de criadouros.

Foto destaque: Mosquito Aedes Aegypti. Reprodução/Ceferp.